Vivem-se horas de luto no seio da comunidade surfista brasileira. O passado domingo ficou marcado pela notícia da morte de Taiu Bueno.
Um dos pioneiros do surf de ondas grandes do país irmão, Octaviano Bueno, de seu nome, perdeu a vida precisamente uma semana após ter celebrado o seu 62.º aniversário. Hospitalizado há muito, desconhece-se a causa da morte do malogrado big rider.
Paulista, natural de Guarujá, Taiu desde cedo mostrou aptidão pelas ondas grandes, aventurando-se pelo Havai nos idos das décadas de 70 e 80 do século passado, com destaque para o sétimo lugar no Pro Class Trials de 1983 em Sunset Beach, um ano antes do vitorioso regresso ao Brasil em competições de caráter nacional e regional.
A vida de Taiu Bueno fica inevitavelmente marcada pelo acidente sofrido em 1991 na Praia de Paúba, litoral norte de São Paulo, que deixou-o tetraplégico.
Apesar do infortúnio, Bueno continuou ligado ao surf, tendo sido comentador e escrito dois livros.
Foi igualmente um defensor da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida às praias brasileiras, criando em 2010 a organização não governamental Sociedade Mais Forte, que promove via surf adaptado a inclusão social de pessoas com mobilidade reduzida. Deixa esposa e duas filhas gémeas.
Nas redes sociais, muitas foram as homenagens após a notícia da morte de Taiu Bueno.
"Descansa em paz, amigo e ídolo", disse o ex-top mundial Fábio Gouveia. "Descanse em paz, Mestre. Já estou com saudades de te ver passando de cadeira a milhão pela orla costeira", afirmou Rodrigo Koxa, antigo recordista mundial do Guinness da maior onda surfada.
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