"Muito positivo", foi assim que João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf (FPS), definiu o quinto dia de competição do Mundial ISA de Porto Rico para Portugal.
Após a eliminação de Guilherme Ribeiro na véspera, a equipa lusa fechou a jornada sem baixas, onde o único senão foi a queda de Frederico Morais para a repescagem da prova masculina.
Uma situação que deixa o surfista de 32 anos sem margem de erro na luta pelo objetivo da qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris'2024.
Por sua vez, Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot seguem firmes no quadro principal do evento feminino, estando já na quarta ronda e a três baterias de atingirem a final das medalhas, enquanto Guilherme Fonseca e Francisca Veselko avançaram nas repescagens.
No setor masculino, o facto de Kikas ter sido relegado para as repescagem faz com que Portugal já não tenha surfistas no quadro principal.
Na oitava e penúltima bateria da ronda, Frederico foi terceiro classificado, tendo somado 9,47 pts, ficando atrás do gaulês Marco Mignot (13,00 pts) e do canadiano Cody Young (10,26 pts). A quarta posição ficou na posse do nipónico Reo Inaba (7,50 pts).
Já Guilherme Fonseca, medalhado de cobre no Mundial ISA de 2022, saiu vencedor da sexta bateria da ronda 3 de repescagem. Num heat bastante equilibrado, o competidor de Peniche teve a pontuação combinada de 8,57 pts, que permitiu derrotar o atual campeão mundial ISA e mexicano Alan Cleland (8,53 pts), bem como os eliminados Elliot Paerata-Reid (8,20 pts) da Nova Zelândia e Liam Wilson (5,84 pts) da Samoa Americana.
Na quarta ronda da repescagem, que será disputada esta quinta-feira, Guilherme Fonseca será o primeiro surfista a entrar em ação, competindo na sexta bateria diante do polaco Maksymilian Michalewski, do costarriquenho e antigo top mundial Carlos Muñoz e do indonésio Dhany Widianto.
Por sua vez, Frederico Morais apenas irá surfar na nona e última bateria. Os adversários de Kikas serão o japonês e top mundial Connor O'Leary, o espanhol Yago Dominguez e o venezuelano Rafael Pereira. Para prosseguirem em prova, tanto Frederico como Guilherme necessitam de fechar as baterias entre os dois primeiros classificados.
Passando para as senhoras, Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot carimbaram o bilhete para a ronda 4 do quadro principal. Com o score combinado de 11,80 pts, Yo arrecadou o triunfo na bateria inaugural da ronda 3, levando a melhor sobre a espanhola Nadia Erostarbe (9,90 pts), a equatoriana e antiga vice-campeã mundial ISA Dominic Barona (7,37 pts) e a panamiana Enilda Alonso (5,26 pts).
Na terceira bateria, Teresa Bonvalot obteve o segundo posto, com o somatório de 10,83 pts. Bonvalot ficou atrás da australiana e antiga campeã mundial ISA Sally Fitzgibbons (11,67 pts), mas à frente de Chelsea Tuach (8,67 pts) de Barbados e da peruana Arena Rodriguez (7,44 pts), que foram atiradas para as repescagens.
Quanto a Francisca Veselko, prosseguiu a sua caminhada nas repescagens. No dia em que foi revelado que a atual campeã nacional Open recebeu um wildcard para participar no MEO Rip Curl Pro Portugal, etapa portuguesa do CT 2024, a surfista de Carcavelos venceu a quinta bateria da ronda 3.
A antiga campeã mundial Júnior da World Surf League (WSL) anotou 10,83 pts de pontuação combinada e bateu a alemã Rachel Presti (7,76 pts), a italiana Giada Legati (6,60 pts) e a mexicana Shelby Detmers (3,44 pts).
Na quarta ronda da repescagem, Kika Veselko vai estar inserida no quinto heat, medindo forças com a israelita Anat Lelior, a cubana Havanna Cabrero e a brasileira e top mundial Luana Silva.
No heat inaugural da ronda 4 do quadro principal, Yolanda Hopkins enfrenta as australianas e tops mundiais Molly Picklum e Sally Fitzgibbons, bem como a germânica e antiga campeã nacional Open Camilla Kemp.
No heat seguinte, Teresa Bonvalot divide o lineup com a amiga e costarriquenha Leilani McGonagle, a espanhola Nadia Erostarbe e a brasileira e vigente campeã mundial ISA Tatiana Weston-Webb.
“Foi um dia muito positivo para nós, apesar do Kikas ter ido para as repescagens. A Yolanda e a Teresa estão já nos quartos do quadro principal e, sobretudo, não perdemos mais elementos. Este tipo de provas é sempre uma maratona e só no final podemos fazer balanços, mas acredito que estamos no caminho certo para cumprir a nossa meta de qualificar mais atletas para os Jogos Olímpicos", considera João Aranha.
Esta quinta-feira, a competição é retomada nas ondas de Rastrial e El Pico, sendo que toda a equipa portuguesa vai estar novamente em ação.
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