Esta segunda-feira, marcou o início do período de espera da edição inaugural do J-Bay Classic, evento especial da World Surf League (WSL) que terá lugar nas famosas e longas direitas de Supertubes.
A prova sul-africana, cujo período de espera prolonga-se até domingo (23 de junho), surge num ano em que o circuito mundial de surf não visita Jeffreys Bay. Tudo por causa da realização dos Jogos Olímpicos de Paris no período em que por tradição é disputado o histórico campeonato.
Inicialmente, o J-Bay Classic não contava com surfistas portugueses entre os convidados masculinos e femininos.
Porém, tudo mudou com inclusão de Frederico Morais na sequência das alterações produzidas face à lista divulgada no passado mês de maio, com o maior destaque a ser a ausência do lendário Kelly Slater.
Desta forma, Kikas voltará a competir em J-Bay, algo que já não sucede desde a etapa do CT ali disputada em 2019.
Este é o regresso de Frederico a uma das ondas que assenta na perfeição ao seu estilo de surf e na qual fez até ao momento a sua única final na elite mundial do surf.
Estávamos então em 2017, naquele inesquecível confronto com outro especialista de J-Bay, no caso o brasileiro Filipe Toledo, que protagonizou exibições memoráveis com aéreos assombrosos.
Segundo a informação divulgada pela WSL no seu sítio oficial de internet, Morais irá competir na prova individual e por equipas.
Na competição individual, onde também estarão os antigos campeões mundiais Adriano de Souza, Joel Parkinson e Mark Occhilupo, Frederico Morais já sabe que irá surfar em duas rondas, com dois tipos de pranchas diferentes (twin fin e thruster), tentando aceder às meias-finais, já em formato 'man-on-man'. Os semi-finalistas serão os quatro surfistas masculinos e femininos mais bem classificados no leaderboard.
Na ronda de twin fin, o surfista português medirá forças na terceira bateria com os sul-africanos e antigos tops mundiais Travis Logie e Michael February. O emparelhamento do heat fica completo com outro surfista ainda a designar.
Por sua vez, na ronda com prancha thruster debaixo dos pés, o surfista de 32 anos vai dividir o lineup de J-Bay com o lendário Mark Occhilupo, o sul-africano Steven Sawyer (antigo campeão mundial de longboard) e outro surfista ainda por conhecer.
Em termos de competição coletiva, Frederico Morais integra o Team Occy, que como pelo próprio nome indica é capitaneado por Mark Occhilupo, campeão do mundo de surf em 1999.
O surfista luso juntou-se a esta equipa após sorteio, contando com a companhia de Coco Ho, Josh Faulkner e os vencedores dos trials disputados no último fim de semana: Sarah Baum e Luke Thompson, ambos da África do Sul.
Com a participação no J-Bay Classic, Frederico Morais antecipa a sua viagem para o território sul-africano, país onde no início de julho participará no Ballito Pro, terceira etapa do circuito Challenger Series versão 2024.
Depois de um modesto arranque de campanha na Austrália, Kikas necessita de um resultado forte em Ballito - foi finalista vencido em 2023 - para relançar a luta pela requalificação para o CT, de onde saiu a meio do presente ano devido ao cut.
Já a competição individual feminina, apenas terá seis surfistas em prova. O maior destaque vai para o regresso à competição da campeoníssima Stephanie Gilmore, que está a tirar um ano sabático. A antiga top mundial Sally Fitzgibbons e a prodigiosa 'aussie' Sierra Kerr serão outros dos nomes em prova.
Apesar de estar recheado de grandes nomes do surf mundial, a WSL já informou que o J-Bay Classic não terá transmissão em direto nas suas plataformas.
Através da rede de livecams, podes visualizar em direto e em tempo real toda a evolução do estado do mar e da praia.
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