O apelido Kerr está novamente na berra no surf de competição, mas desta feita no setor feminino, graças às recentes coroas mundiais arrecadadas por Sierra Kerr, filha do antigo top mundial Josh Kerr e que há muito é vista como a 'next big thing' do surf feminino australiano, sendo apontada como a próxima Stephanie Gilmore.
O mais recente sucesso de Sierra ocorreu no passado sábado nas ondas do pier de Oceanside, no estado norte-americano da Califórnia. Pela primeira vez desde 2016, o título mundial júnior feminino de surf da World Surf League (WSL) ficou na posse da Austrália.
Com apenas 16 anos (!), numa competição que abrange atletas até aos 20 anos de idade, Kerr proclamou-se campeã do mundo em grande estilo, abatendo as surfistas que jogavam em casa num memorável dia das finais.
A pequena surfista australiana venceu as cinco baterias surfadas ao longo do evento, sendo que em quatro desses embates somou 15,00 ou mais pontos em termos de pontuações combinadas.
Na retina, ficaram igualmente as quatro notas de excelência obtidas a partir dos quartos-de-final, que reivindicam todo o talento e potencial da nova coqueluche do surf 'aussie'.
Apesar da 'masterclass' dada durante a semana, a filha de Josh Kerr surpreendeu tudo e todos ao afirmar: "Senti que não tinha surfado muito bem durante o evento."
No pier de Oceanside, Sierra Kerr cumpriu mais uma etapa na sua ascensão meteórica no surf de competição. A conquista do Mundial Júnior da WSL foi o segundo título mundial alcançado pela jovem competidora australiana em pouco mais de um mês, pois em dezembro último sagrou-se campeã mundial ISA Sub-16, no Rio de Janeiro.
ISA/Pablo Franco
Com arrojo, podemos dizer que estamos perante a Caitlin Simmers dos antípodas, dado todo o talento exibido com tão tenra idade. Algo só ao alcance das predestinadas, como também é a pequena Erin Brooks do Canadá, que em 2023 já brilhou no competitivo circuito Challenger Series ao bater o pé à concorrência (composta por surfistas bem mais velhas) em Saquarema.
Challenger Series essa para a qual Sierra Kerr assegurou passaporte com o título mundial Júnior da WSL. Esta será a primeira vez que a jovem competidora vai fazer o circuito na totalidade. Conseguirá replicar o feito de Simmers e obter a qualificação mundialista à primeira?
O facto do circuito arrancar mais uma vez com duas etapas na Austrália pode jogar a favor e encaminhar a inédita qualificação, mas a resposta à pergunta apenas deverá ser encontrada lá mais para outubro.
O ano passado, Kerr já deixou um aviso à navegação ao obter o nono lugar nas direitas de Snapper Rocks, na Gold Coast. Na altura foi por um triz que não derrotou a lendária Stephanie Gilmore, num vibrante duelo geracional entre o presente e aquele que muito provavelmente será o futuro do surf feminino australiano ao mais alto nível.
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