Desde as primeiras edições, o MEO Rip Curl Pro Portugal foi um dos eventos em que os surfistas do país irmão sempre exibiram-se a grande nível.
Essa história de sucesso conheceu mais um bonito capítulo em 2025, com Yago Dora a tornar-se no sexto surfista brasileiro a conquistar a prova de Supertubos.
Um triunfo especial para o filho de Leandro Dora, pois foi conseguido naquela que considera a sua "segunda casa". A outra vitória que consta do CV ocorreu em 2023 na "primeira casa" (Saquarema) e com direito a nota 10 na final.
Yago junta-se os compatriotas Italo Ferreira, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Adriano de Souza e João Chianca na lista de campeões brasileiros do evento de Peniche. Não esquecendo também a vitória no campo feminino de Tatiana Weston-Webb em 2022.
"Estou muito feliz. Portugal sempre foi um lugar muito especial para mim. Sempre senti que tinha algo guardado para mim", revelou Dora em conversa com os jornalistas após levantar o pesado caneco no pódio montado em pleno areal.
Yago Dora diz que há uma "conexão especial" dos surfistas brasileiros com Portugal e naturalmente o mais famoso beach break do Oeste luso. "Portugal é um lugar em que acho que todos os brasileiros se sentem muito bem recebidos. Sentimo-nos em casa. Acho que o estilo da onda é bem compatível com o nosso tipo de surf."
Na final, o goofy de 28 anos derrotou a "inspiração" Italo Ferreira, vingando-se da final perdida para este no ano passado em Saquarema.
"O Italo é um guerreiro, um competidor incrível. Ter partilhado a final com ele e obter a vitória é uma honra para mim."
Yago, que em 2017 já tinha vencido em Portugal ao conquistar o QS dos Açores, falou igualmente sobre o momento no qual já em terra recebeu um caloroso abraço do compatriota.
"Todo o mundo tem o seu momento. O ano passado também abracei o Italo na final que fizemos em Saquarema. Puxamos um pelo outro. Somos adversários, queremos os nossos objetivos pessoais, mas é muito bom ver que os outros também respeitam e admiram o seu trabalho", entende o surfista catarinense.
A vitória foi bastante trabalhosa, uma vez que o competidor sul-americano teve de surfar no dia das finais um total de quatro heats, mais de duas horas dentro de água.
"Estava bem cansado. Se tivesse mais um (ndr: heat), não sabia o que iria acontecer. Consegui ter energia suficiente para surfar o meu melhor o dia inteiro. Dei gás até ao fim.... tirei energia da minha alma", assegura.
Com 10 mil pontos "muito importantes" no bolso, Yago Dora deu um pulo no ranking mundial ao subir 11 lugares, sendo agora o quarto colocado da tabela que continua a ser liderada precisamente por Italo Ferreira.
No futuro próximo, o surfista brasileiro quer capitalizar o que viveu em Peniche. "Espero usar esse momento para continuar a ir para cima no ranking."
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