Jordy Smith. O gigante sul-africano, mede 190 cm, detém nesta fase do circuito mundial de surf a honrosa distinção de surfista mais velho em atividade.
São já 37 primaveras, dos quais os últimos 17 anos foram vividos a competir no CT. A idade avança, mas o natural da cidade de Durban não pensa em pendurar a prancha, pelo menos para já.
"De manhã, continuo a acordar todos os dias e a dizer: amo isto. Até esse sentimento desaparecer, continuarei até ser possível", confidenciou Jordy em conversa com jornalistas portugueses após triunfo diante do rookie mexicano Alan Cleland na ronda 3 do MEO Rip Curl Pro Portugal, realizada na última terça-feira.
Precisamente, o México é o mais recente país a possuir um surfista no CT a tempo inteiro. Há muito radicado na divisão máxima, Smith considera que há um motivo para esta globalização do circuito mundial ao nível dos seus representantes.
"Penso que isso tem a ver com o facto da internet ser uma boa ferramenta. Em qualquer parte do mundo, as pessoas podem ver vídeos e aprender. Isso é fantástico. A cultura cresce. Acho que o apoio e o surf no geral torna-se maior", entende.
O duas vezes vice-campeão do mundo (2010 e 2016) não esquece a diferença para o seu tempo de rookie. "Quando cheguei ao CT, este era dominado por surfistas norte-americanos e australianos. Agora, temos surfistas de qualquer parte. Portugal, África do Sul, Marrocos. México..."
A nível do MEO Rip Curl Pro Portugal, Jordy Smith procura obter finalmente a sua primeira vitória em Supertubos, o mais famoso beach break do Oeste luso.
Por três vezes já foi finalista vencido (2010, 2014 e 2019). Nesses anos, os carrascos no heat decisivo foram os consagrados Kelly Slater, Mick Fanning e Italo Ferreira.
"Cada dia, cada ano é diferente", afirma o surfista que para continuar em busca da inédita vitória em águas portuguesas tem agora uma dura tarefa em mãos.
O antigo bicampeão mundial Filipe Toledo é o próximo oponente, naquele que é um dos heats de maior cartaz dos 'oitavos' da 16.ª edição do MEO Rip Curl Pro Portugal.
Desde 2018 que Jordy Smith não sabe o que é vencer Toledo numa fase 'man-on-man' de uma etapa da elite mundial do surf. De então para cá, leva quatro derrotas consecutivas diante do brasileiro, duas delas em finais (Saquarema 2019 e Margaret River 2021).
O campeão de meia dúzia de etapas do CT desconhece o sabor da vitória na Capital da Onda, mas desta latitude só guarda boas memórias, umas mais antigas e outras bem recentes.
"Portugal e Peniche têm definitivamente dos melhores beach breaks. É incrível. Os dois dias antes do começo da competição foram insanos. Numa escala de 0 a 10, foi 9,5 pts", disse sobre a ondulação clássica que quebrou em Supertubos na semana passada.
Através da rede de livecams, podes visualizar em direto e em tempo real toda a evolução do estado do mar e da praia.
Podes também confirmar as previsões relativas a todas as praias através da nossa página Praias Beachcam.
Segue o Beachcam.pt no Instagram