A tarde desta segunda-feira, segundo dia de competição do EDP Ericeira Pro, foi dedicada em exclusivo ao setor feminino, com a realização de seis das oito baterias correspondentes à ronda 2.
Devido ao já tradicional efeito de contraluz em Ribeira d'Ilhas durante a tarde, que dificulta a visibilidade dos juízes, não foi possível completar a ronda, pelo que Mafalda Lopes não entrou na água (está no sétimo heat).
Quem esteve em ação foram as olímpicas Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins, com destinos diferentes nesta que é a quinta e penúltima etapa do circuito Challenger Series de 2024.
A campeã nacional Teresa Bonvalot foi eliminada e consequentemente ficou sem chances de qualificação para o CT do próximo ano.
Já Yolanda Hopkins avançou para os oitavos-de-final da prova lusa após uma estreia vitoriosa na sala de visitas do surf nacional.
A primeira surfista a vestir a licra de competição foi Teresa Bonvalot, logo na bateria inaugural da ronda 2, que marcou a aparição das cabeças de série no evento.
Teresa nunca esteve totalmente conectada com o mar, quedando-se pelo terceiro posto, ficando atrás das apuradas Sally Fitzgibbons (13,67 pts), que está a um passo da requalificação para o CT, e da jovem brasileira Laura Raupp (13,54 pts), que saiu magoada das águas de Ribeira d'Ilhas.
Bonvalot somou 9,93 pts, sendo que a sua melhor onda (5,10 pts) até foi para esquerda, num surf break onde historicamente predominam as direitas.
A surfista de Cascais despede-se do Ericeira Pro no 17.º lugar. A havaiana Keala Tomoda-Bannert (7,37 pts) também foi eliminada.
Uma hora mais tarde, no terceiro heat, Yolanda Hopkins entrou a ganhar em Ribeira d'Ilhas suportada pelo seu famoso surf power.
Yo registou a pontuação combinada de 11,50 pts, tal como a basca Nadia Erostarbe, segunda colocada. O desempate entre as duas competidoras europeias foi efetuado pela melhor onda no heat. Aí, Hopkins conseguiu 7,83 pts contra os 5,83 pts de Erostarbe.
“O mar estava muito consistente no início, mas depois, não sei se foi a maré, as ondas pararam de surgir. No entanto, estou feliz por ter conseguido, pelo menos, um bom score. Estou em casa, não posso pedir mais nada. É ótimo ir para o mar e receber o apoio de todos. Espero chegar à final", confidenciou a campeã nacional Open em 2019.
Nos oitavos-de-final, disputados em formato 'woman-on-woman', a bicampeã europeia já sabe que vai surfar na terceira bateria, medindo forças com a jovem australiana Ellie Harrison.
Em caso de vitória, a surfista algarvia tem novamente encontrado marcado com Nadia Erostarbe ou com a jovem germânica Noah Klapp.
Das baterias levadas a cabo, nota para a surpreendente eliminação de Erin Brooks. A prodígio canadiana, de 17 anos, caiu de primeira.
Brooks tem sido uma das maiores figuras da presente Challenger Series, tendo chegado à Ericeira no quarto posto do ranking. Contudo, voltou a não dar-se bem com as ondas de Ribeira d'Ilhas.
Outra baixa peso é a de Sophia Medina, mana de Gabriel e 10.ª classificada no ranking, o que ajuda à contas de Yolanda.
Quanto a Mafalda Lopes, que deverá competir esta terça-feira, as suas oponentes são a gaulesa Tessa Thyssen e as brasileiras Tainá Hinckel e Luana Silva, que é uma ex-top mundial e campeã do Ericeira Pro em 2021.
A antiga campeã europeia Júnior da World Surf League procura atingir pela primeira vez os oitavos-de-final de uma etapa da Challenger Series.
No setor masculino, o trio luso composto por Frederico Morais, o campeão nacional Joaquim Chaves e Afonso Antunes acedeu à ronda 2.
Esta terça-feira, a chamada em Ribeira d'Ilhas acontece às 7h30 (hora de Portugal continental) para um potencial início às 8h05.
É esperada uma ligeira descida do mar, mas não deverá faltar ação. O EDP Ericeira Pro tem o período de espera até domingo, dia 6 de outubro.
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