"Cabeça para baixo e correr com força", este é o lema de Yolanda Hopkins no ataque à reta final do circuito Challenger Series de 2024, onde estão em discussão vagas de acesso à elite mundial do surf do próximo ano.
Depois de quatro etapas, Yo é a melhor representante portuguesa no ranking, surgindo na 12.ª posição. Resultado de uma campanha em que estreou-se nos quartos-de-final de um evento, proeza conseguida em Sydney e Huntington Beach.
Após um "mês de descanso" com "ondas muito boas" na África do Sul, para recarregar baterias na sequência da participação nos Jogos Olímpicos de Paris'2024, a inédita qualificação para o CT está novamente em ponto de mira, com as etapas da Ericeira e de Saquarema pela frente.
"Não sou pessoa de desistir. Já cá estou há alguns anos a tentar. Tenho quase a certeza que o meu surf pertence ao CT", disse a surfista lusa durante a conferência de imprensa de apresentação do EDP Ericeira Pro, quinta e penúltima etapa da Challenger Series de 2024.
Mais tarde, em conversa com os jornalistas, Hopkins sublinhou. "Acredito no que acredito. Eu e o meu treinador (John Tranter) temos estado a lutar pela minha subida no surf. Tenho tido uma subida bastante íngreme. Estou bastante feliz com o meu surf. Desde o início que o John treinou-me para ter surf de nível do CT. Víamos como as raparigas estavam a surfar no circuito mundial e tentámos fazer melhor ainda. Nos últimos anos, senti grande dificuldade em tentar chegar lá. Tenho a certeza de que quando chegar lá, não vou sair", assegura a primeira diplomada olímpica da história do surf português.
Na busca incessante por um lugar na divisão máxima do surf mundial, a campeã nacional Open em 2019 revelou um aspecto que tem vindo a trabalhar.
"Fiz muita evolução mental nos últimos seis/sete meses. Trabalhei muito nisso. O surf já lá está. As pessoas que me seguem entendem isso, mas às vezes a parte mental não vinha para o meu lado nos campeonatos", confidenciou.
Por último, Yolanda Hopkins abordou o facto de ter falhado a perna de verão do QS regional europeu, no qual é bicampeã continental.
"Com os Jogos Olímpicos, este ano vi que era muitos campeonatos sobrepostos. Estava a sentir que necessitava de uma paragem porque estava a ser muito intenso com treinos, preparação olímpica e ter bons resultados na Challenger Series", explicou.
"No pior caso possível, se não me qualificar para o CT, tentarei ficar no top 10 do ranking e já estou qualificada para a Challenger Series de 2025. Se concretizar-se a pior opção, poderei ter o wildcard ou fico um ano sem fazer o circuito. Nunca me aconteceu. Aí, aproveitarei o ano para melhorar o meu surf e requalificar-me pelo QS europeu", disse.
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