A temporada de 2024 do circuito Challenger Series, onde estão em jogo vagas de acesso ao CT, está prestes a assentar arraiais em Portugal.
De 29 de setembro a 6 de outubro, as famosas direitas de Ribeira d'Ilhas, a sala de visitas do surf nacional, serão palco de uma luta internacional, que tem como objetivo a entrada na elite do surf mundial.
O EDP Ericeira Pro é a quinta e penúltima etapa do ano, pelo que as águas da Reserva Mundial de Surf assumem novamente um papel preponderante nas contas da qualificação, estando em causa pontos muito valiosos.
No setor masculino, Frederico Morais será um dos surfistas portugueses em competição, esperando relançar a requalificação para o CT após um discreto início de campanha.
"Não é fácil, a vida de um atleta tem altos e baixos. Sei que consigo voltar ao CT, nada está perdido, há duas etapas ainda. O ranking continua muito em aberto. A requalificação é o meu grande objetivo", disse Kikas durante a conferência de imprensa de apresentação da prova, realizada esta manhã no Ribeira d'Ilhas Surf Restaurant & Bar.
Entre as senhoras, Yolanda Hopkins é a surfista portuguesa mais bem colocada, ocupando o 12.º posto do ranking, o que deixa Yo a sonhar com a tão desejada entrada no circuito mundial de surf.
"Sinto-me bastante bem. O último Challenger, na Califórnia, correu-me bastante bem. Fiquei em 5.º lugar. Estou bem posicionada. Tenho um ‘score’ muito mau, de quando me aleijei, na África do Sul [42.º lugar], e quando começar aqui o campeonato vou subir no ranking. Estou bastante confiante e é sempre bom voltar a casa”, afirmou a bicampeã europeia da World Surf League (WSL).
O ranking feminino é comandado pela australiana Sally Fitzgibbons. A experiente surfista australiana está muito perto de regressar ao circuito mundial depois de ter sido novamente uma das vítimas do cut de meio da época.
“Vai ser uma semana excelente, estamos perto do fim da temporada. Vai haver muita ação. Espero que o público apareça em força na Ericeira. Amo esta sensação de não saber como vai tudo terminar ou quem se vai qualificar. A surpresa do que pode acontecer a seguir... Vir e colocar toda a nossa energia no processo ano após ano... Amo a competição assim", confidenciou a antiga vice-campeã mundial.
Sally está de volta a Portugal, país onde esteve pela primeira vez há 21 anos. “Portugal está num lugar ótimo. É uma meca do surf, toda a gente no mundo sabe que tem de vir cá! É como uma segunda casa, a forma como me recebem é incrível. A beleza de voltar, de já o fazer há 20 anos, é ver a comunidade de surf crescer. Quando comecei, a Teresa [Bonvalot] era uma criança e agora há dezenas de miúdas a querer ocupar os nossos lugares. Deviam estar muito orgulhosos do que têm feito em Portugal”, considera a competidora de 33 anos.
Presente na conferência, esteve igualmente Francisco Spínola, diretor geral da WSL para a Europa, África e Médio Oriente.
"Portugal passou a ser de longe o maior país de surf na Europa. Temos todas as provas que interessam. A Ericeira é ótima para esta prova. Tem uma onda super consistente e que permite aos surfistas terem oportunidades. Especialmente nas provas da Challenger Series, nas quais o período de espera é curto", mencionou.
No seu programa, o EDP Ericeira Pro contará ainda com um heat especial, denominado 'You and The Sea', que vai juntar diferentes gerações do surf ericeirense: Miguel Fortes e o filho Martim Fortes vão dividir o lineup de Ribeira com José Pyrrait e o filho Henrique Pyrrait.
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