Entre os 10 surfistas presentes (5 homens e 5 mulheres) era o único em estreia neste "stressante" formato, segundo o próprio, e de lá saiu com o Duke Kahanamoku WSL Champions Trophy, o troféu mais cobiçado pelos surfistas ao redor do globo.
Na finalíssima de Trestles, onda em que não competia há uns distantes sete anos, John John Florence alcançou o terceiro título mundial da carreira, sucedendo ao brasileiro Filipe Toledo, que esteve fora de ação esta época para cuidar da sua saúde mental.
O ano de 2017 tinha sido o da derradeira coroa de John John até aqui. De então para cá, inúmeras lesões graves nos joelhos travaram a trajetória do surfista de 31 anos, que igualou o número de cetros mundiais de Gabriel Medina, Mick Fanning, Tom Curren e do malogrado Andy Irons.
Desta forma, o surfista havaiano colocou um ponto final na incrível sequência de cinco títulos mundiais consecutivos do surf brasileiro. O último rei do surf mundial fora da esfera do país irmão tinha sido... John John Florence.
Em Trestles, a famosa onda de performance californiana que pelo quarto ano consecutivo acolheu a finalíssima, quis o destino que o mano de Nathan e Ivan Florence selasse a valiosa conquista às custas de um surfista brasileiro, no caso Italo Ferreira.
Campeão do mundo em 2019, o último ano antes da introdução do atual formato de finalíssima, Italo foi um dos heróis da jornada, combinando o surf de rail nas paredes de Trestles com o surf progressivo quando a arena californiana oferecia rampas, qual skate park.
O competidor sul-americano replicou a performance de 2022, temporada em que também foi vice-campeão do mundo, então derrotado pelo compatriota Filipe Toledo.
Chegado a Trestles no quinto posto do ranking, depois de um início de época titubeante em que o cut pairou sobre si, o surfista da Baía Formosa começou o dia como carrasco do contingente australiano, tal como há dois anos.
O primeiro campeão olímpico da história voltou a deixar pelo caminho Ethan Ewing, vice-campeão mundial em 2023, e Jack Robinson, este num duelo marcado por um momento tenso na remada, com um ombro a ombro mais musculado entre os dois surfistas.
Depois, seguiu-se a vitória de Italo Ferreira sobre o herói local Griffin Colapinto, que voltou a falhar o heat da discussão do título mundial.
Heat esse que teve como intervenientes a mesma dupla finalista do Tahiti Pro, mas desta vez com um desfecho diferente do verificado nos idílicos tubos de Teahupoo, em maio último.
Na primeira bateria, John John assegurou a vitória somente na última onda surfada, o que permitiu bater o rival brasileiro por apenas 0,17 pts. Em 35 minutos, apenas surfou duas ondas.
No segundo confronto, Florence não deu hipóteses, dominando o mesmo perante um Italo já a acusar o cansaço de um dia em que surfou cinco baterias, algo pouco habitual nos campeonatos de surf. O surfista havaiano somou 18,13 pts em 20 possíveis face aos 16,30 pts de Italo.
Assim, John John Florence rematou da melhor forma uma campanha em que foi o surfista mais forte durante a temporada regular, fechando a mesma com uma larga distância para o segundo classificado, o norte-americano Griffin Colapinto.
Mais uma vez, manteve-se a tradição no setor masculino. Quem chega à finalíssima na posse da licra amarela não perde baterias e sagra-se campeão do mundo.
Ainda em relação a John John, expectativa agora para saber se irá mesmo continuar a competir no circuito mundial de surf.
Na curta entrevista concedida a Strider Wasilewski ainda nas águas de Trestles, logo após sagrar-se campeão mundial, o antigo vencedor da Triple Crown havaiana não escondeu que pensa permanecer no CT, apontando já a uma presença nos tubos de Cloubreak, que receberá a finalíssima do próximo ano.
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