Em 2023, Kanoa Igarashi teve uma época mais discreta na divisão máxima do surf mundial. O surfista japonês fechou o ano no 14º posto do ranking, naquele que foi o seu pior desempenho desde 2017, quando acabou a campanha na 17ª posição.
Depois do longo defeso, Igarashi surgiu revigorado, voltando a exibir a melhor versão do seu surf na perna havaiana, sobretudo na etapa de Sunset Beach.
Nas direitas localizada no North Shore da ilha havaiana, Kanoa foi finalista vencido, tal como aconteceu em 2022. Apenas o intratável Jack Robinson travou a marcha do japonês mais português do surf mundial.
Na apresentação do MEO Rip Curl Pro Portugal, terceira etapa do CT 2024, o competidor asiático esteve à conversa com os jornalistas presentes, onde revelou o segredo para o regresso à boa forma, num ano que considera "muito importante".
É que para além do CT, o surfista de 26 anos vai participar nos Jogos Olímpicos de Paris'2024, cuja prova de surf decorrerá na pesada onda de Teahupoo, no Taiti.
"Voltei para o meu antigo treinador. Senti muito a falta dele", confidenciou o medalhado de prata em Tóquio'2020.
O técnico é o australiano Jake Paterson, antigo top mundial, hoje com 51 anos de idade. "Trabalhámos juntos desde 2014 até 2022/23. Depois, tivemos um período sem treinar porque ele parou a função de treinador de surf", explicou Kanoa Igarashi.
Porém, uma chamada telefónica voltou a unir a dupla. "Ligou-me a dizer que precisava de acabar o trabalho que começámos. Este ano, disse que queria ganhar um título mundial comigo", contou.
De volta ao treinador de sempre, o top 5 mundial em 2022 diz estar na máxima força em termos físicos e que à sua volta está "tudo alinhado, desde pranchas/treinador, para potencialmente fazer um ano muito importante".
Kanoa assegura que vai "dar tudo", mesmo tendo a plena noção de que o "surf é bastante difícil" e o "melhor não ganha sempre".
Embaixador do surf asiático nos grandes palcos internacionais nos últimos anos, o campeão mundial ISA de 2022 falou igualmente sobre a recente proeza de Siqi Yang, que aos 14 anos de idade colocou pela primeira vez a China numa prova olímpica de surf.
"É inacreditável. Fiquei muito surpreendido com o surf dela. Vi-a pela primeira vez a surfar no Mundial ISA do ano passado, em El Salvador. Percebi logo que um dia poderá ser campeã do mundo", entende.
"Percebo o lado dela. Vem de um país que não tem muito surf e tenta levar a bandeira o mais longe. É incrível levar a bandeira chinesa aos Jogos Olímpicos", afirmou.
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