Dia de celebração para Portugal no Mundial ISA de Porto Rico, que decorre até domingo e define as últimas vagas para os Jogos Olímpicos de Paris'2024.
Esta quinta-feira, a seleção lusa assegurou uma das oito vagas em jogo no setor feminino, através de Yolanda Hopkins.
Com a passagem à ronda 5 do quadro principal e dada a conjuntura de resultados, Yolanda garantiu desde já o bilhete para a prova disputar nos pesados tubos de Teahupoo, no Taiti, no próximo verão.
Depois de Teresa Bonvalot, que obteve a qualificação via CT 2023, Yo é a segunda surfista portuguesa a assegurar presença em Paris'2024.
Tal como aconteceu com Bonvalot, esta é a segunda qualificação consecutiva de Hopkins para o maior evento desportivo do mundo, depois da memorável presença em Tóquio'2020.
Na primeira prova olímpica de surf da história, a vigente campeã europeia da World Surf League (WSL) alcançou o quinto lugar, tornando-se na primeira surfista portuguesa a obter um diploma olímpico.
“É incrível. Parecia um sonho tão distante e hoje aconteceu. Nem tenho palavras. Quero só agradecer à minha família, mãe, irmã, sobrinhos e cunhado. E à minha família emprestada do Pig Dog [surf camp do treinador John Tranter], que me têm apoiado nos momentos difíceis”, disse a campeã nacional Open de 2019 em comunicado oficial da Federação Portuguesa de Surf (FPS).
Por sua vez, João Aranha, presidente da FPS, não escondeu o sentimento de euforia que tomou conta da comitiva portuguesa presente em Porto Rico.
"Queríamos muito e trabalhámos muito para que isto acontecesse. Ainda temos mais vagas para conquistar, o Frederico Morais e o Guilherme Fonseca ainda estão em prova e a Teresa e a Yolanda ainda podem ganhar o título feminino, o que nos garantiria mais uma vaga também. Estamos eufóricos, mas amanhã vamos fazer um ‘reset’. A competição só acaba no domingo", disse o responsável federativo.
Esta quinta-feira, Yolanda Hopkins conquistou a bateria inaugural da ronda 4. Com o score combinado de 12,43 pts, a vice-campeã mundial ISA em 2021 obteve um triunfo de prestígio ao suplantar as australianas e tops mundiais Sally Fitzgibbons e Molly Picklum (atual número 1 do ranking da WSL), bem como a alemã e antiga campeã nacional Open Camilla Kemp.
Único elemento da equipa portuguesa que permanece no quadro principal do evento, a competidora algarvia vai agora medir forças com a espanhola Nadia Erostarbe, a peruana Sol Aguirre e a norte-americana Caroline Marks, vigente campeã do mundo da WSL, no primeiro heat da ronda 5. Nesta fase, Yolanda encontra-se a duas baterias de marcar presença na final das medalhas, tal como fez no Mundial ISA de El Salvador em 2021.
Por sua vez, na ronda 4, Teresa Bonvalot foi relegada para a repescagem após ter falhado por apenas 0,10 pts o apuramento para a fase seguinte do quadro principal.
Na segunda bateria da sexta ronda da repescagem, a medalhada de bronze no Mundial ISA de 2021 vai dividir o lineup com a peruana Daniella Rosas e as tops mundiais Molly Picklum e Caroline Marks.
Já Francisca Veselko foi eliminada na quarta ronda das repescagens, ficando no terceiro posto da quinta bateria.
No lado masculino, Frederico Morais e Guilherme Fonseca ultrapassaram duas rondas das repescagens, estando já na sexta ronda.
Nessa fase, Gui irá competir diante do peruano Lucca Mesinas e do indonésio e top mundial Rio Waida no terceiro heat, enquanto Kikas defronta o bicampeão mundial Filipe Toledo e o germânico Tim Elter na sexta e última bateria.
Esta sexta-feira, disputa-se o antepenúltimo dia de competição do Mundial ISA de Porto Rico, já só com um palanque ativo.
Na onda de Rastrial, teremos Frederico Morais, Guilherme Fonseca e Teresa Bonvalot em ação, enquanto Yolanda Hopkins tem um dia de folga, regressando apenas no sábado.
Numa altura em que ocupa o sexto posto da classificação coletiva, surpreendentemente liderada pela vizinha Espanha, Portugal está em busca de mais vagas para Paris'2024.
Vagas essas que podem ser obtidas no setor masculino e ainda entre as senhoras, caso a equipa lusa vença a prova em termos coletivos.
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