Nos últimos tempos muitos têm vindo a ser os protestos em torno da construção de uma torre em alumínio nas águas de Teahupoo, no Taiti, para acolher os juízes durante a prova de surf das Olimpíadas de Paris'2024.
A situação agudizou-se depois de uma barcaça ter danificado um recife de coral na passada sexta-feira, dia 1 de dezembro. Como consequência desse ato, o governo da Polinésia Francesa tomou a decisão de cancelar todos os testes na famosa onda tubular taitiana com vista à construção da polémica torre.
A antiga torre em madeira, utilizada durante a etapa do CT, não cumpria os preceitos legais, razão pela qual o governo local e a organização dos Jogos Olímpicos de Paris'2024, entidades responsáveis pelas infraestruturas, traçaram o plano da construção de uma nova torre em alumínio.
Uma solução que tem gerado muito descontentamento entre a comunidade surfista local e internacional devido aos danos que a construção da infraestrutura irá provocar no precioso ecossistema, particularmente nos recifes de corais.
O descontentamento já foi evidenciado através de manifestações e via redes sociais por parte de alguns dos surfistas mais conhecidos do globo, como o atual campeão mundial Filipe Toledo ou Carissa Moore.
Face ao incidente verificado, a Associação Internacional de Surf (ISA), entidade que é reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como tutora do surf a nível mundial, já reagiu em comunicado oficial.
O organismo presidido pelo argentino Fernando Aguerre manifesta "surpresa" e "tristeza" com o facto de um recife de coral ter sido danificado em Teahupoo.
No mesmo texto, a ISA relembra que desde o início da proposta para que a prova olímpica fosse realizada em Teahupoo existiu da parte do organismo a "prioridade de proteção do ambiente natural existente".
Por esse motivo, a entidade saudou também a decisão do governo local em "interromper os testes", intensificando a consulta de opções.
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