Toda a polémica gerada no dia das finais do Surf Ranch Pro teve como palco a piscina de ondas artificiais que é propriedade de Kelly Slater, lá em Lemoore, no estado norte-americano da Califórnia.
A semana foi avançando e o campeoníssimo surfista norte-americano, que obteve o nono posto no "seu" evento, permaneceu em silêncio, não tendo proferido qualquer declaração sobre os controversos acontecimentos.
Acontecimentos esses que foram desde as críticas públicas de Gabriel Medina e do atual campeão mundial Filipe Toledo aos critérios de julgamento utilizados a que se seguiu a resposta da World Surf League (WSL) na pessoa de Erik Logan, CEO da entidade.
Pois bem, em entrevista concedida ao site 'The Inertia', o mais laureado surfista da história quebrou o silêncio em relação a tudo aquilo que aconteceu no seu pátio.
"Vão existir erros em tudo aquilo que é subjetivo. Se algo está próximo, quem pode dizer com objetividade que alguém ganhou com toda a certeza. No entanto, dizer que um resultado é um roubo ou um crime é algo que me incomoda", começou por dizer KS.
Depois, o 11 vezes campeão do mundo falou sobre o polémico duelo nos quartos-de-final entre Ethan Ewing e Gabriel Medina, que terminou com o triunfo do australiano sobre o três vezes campeão mundial.
"Não prestei atenção à bateria em direto, mas fiquei surpreendido quando tomei conhecimento de que o Gabriel havia perdido. Penso que Medina é fantástico e definitivamente o melhor surfista ali... Já vi a bateria algumas vezes e penso que resultado foi justo. Outras pessoas, das quais confio, mas não vou dizer o nome, viram a bateria em direto e disseram-que o Ethan venceu bem."
"Definitivamente que a melhor onda do Ethan foi para a direita. Dizem que o seu aéreo não foi tão bom em comparação com o de Medina. Quando ouço isso, penso: mas do que estão a falar? É extremamente difícil fazer a receção no nose naquela secção", considera o surfista de 51 anos.
Quanto à final entre Griffin Colapinto e Ítalo Ferreira, Kelly não tem opinião fundamentada e explica porque motivo. "Não tenho certezas porque ainda não vi a bateria com atenção. Tenho de ver... Contudo, não gostei do diálogo que adveio daí. Não é bom para o surf e não é isso do que se trata a modalidade", entende Slater.
Já sobre as questões levantadas em relação os critérios de julgamento, Kelly Slater afirma: "Olhamos para o UFC e são contratados juízes independentes, que não pertencem à liga. Existem críticas. Não tenho certezas... É por isso que não deu opiniões públicas sobre isso", concluiu.
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