É numa verdadeira situação de aperto que o mais laureado surfista da história chega ao Margaret River Pro, a etapa que fechará as contas do cut quanto ao CT 2023. Isto é, quem vai permanecer ou deixar a divisão máxima do surf mundial após a perna australiana.
A protagonizar um início de época discreto, o melhor resultado foi o nono posto em Sunset Beach, Kelly Slater ocupa por estes dias o 26º lugar do ranking mundial.
Por outras palavras, está abaixo das posições de salvação do cut.
Com o cut a ditar que salta fora do CT quem estiver abaixo do 22º posto do ranking masculino após a incursão por Margaret, KS precisa obrigatoriamente de um resultado forte na West Oz para escapar a esse desfecho por mérito próprio e não ficar dependente de um qualquer wildcard salvador atribuído pela World Surf League (WSL). Ainda por cima com a etapa seguinte do CT 2023 a ter como palco o seu Surf Ranch...
Em comunicado da WSL, o 11 vezes campeão do mundo não esconde o momento de menor fulgor que atravessa. "Estou em crise há um ano e não vou permanecer no Tour se continuar desta forma", começou por dizer Slater.
O veterano surfista norte-americano explicou que há sensivelmente um ano que não está a 100% em termos físicos. "O ano passado lesionei-me em Bells Beach no heat em que fui eliminado. Desde então que tenho vindo a lutar com essa lesão", confidenciou.
Diminuído em termos físicos, Kelly sente que está em falta. "Acho que não estou a surfar o suficiente e não me sinto bem. Quando não se surfa muito, não se está em sintonia e isso é o que tem acontecido nas minhas baterias", entende o competidor de 51 anos.
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