Inicialmente agendada para o passado dia 7 de março, a operação de abertura da Lagoa de Santo André ao mar falhou na sequência de terem sido registadas "falhas que comprometem a saúde dos ecossistemas e a economia local". Dias depois procedeu-se a nova tentativa, mas também não foi bem-sucedida.
Esta terça-feira, em comunicado oficial publicado no seu sítio oficial de internet, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém anuncia que em maio, em data ainda a definir, será "efetuada nova ação de abertura da Lagoa de Santo André ao mar", nesta que é uma "operação da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente/Administração da Região Hidrográfica do Alentejo".
A garantia foi dada pelo Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, ao presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha.
No mesmo texto, pode ler-se que a "resposta do Secretário de Estado surge após as preocupações manifestadas pela Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Santo André e comunidade local às entidades competentes, perante as operações falhadas de abertura da Lagoa, primeiro a sete e depois a 11 de março, que permitiram apenas a ligação ao mar por algumas horas".
Através de uma carta enviada à tutela, a autarquia de Santiago do Cacém "sublinhou que esta ação é fundamental para a renovação da água da Lagoa, importante para o aumento da oxigenação, redução da eutrofização e estratificação, e para a entrada e saída de peixe, assim como o do ecossistema lagunar".
A não ligação da lagoa ao mar afeta igualmente a "comunidade piscatória da reserva, a atividade económica da restauração, que se dedica em grande medida à confeção da enguia, prato ex-líbris na Freguesia de Santo André, e do turismo, pois pode colocar em causa a qualidade da água para a prática balnear".
Deste modo, a autarquia local "fez o apelo à urgente intervenção do Ministério do Ambiente para que junto da Agência Portuguesa do Ambiente fosse agendada nova abertura da Lagoa em momento favorável".
Segundo o respetivo Regulamento do Plano de Ordenamento daquela Reserva Natural, a abertura da Lagoa ao mar deve ser feita uma vez por ano, preferencialmente numa data anterior ao dia 15 de março.
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