Os mundialmente conhecidos tubos de Teahupoo consagraram um dos seus! Kauli Vaast é o vencedor da prova de surf dos Jogos Olímpicos de Paris'2024.
Local da famosa onda taitiana, situada em pleno Oceano Pacífico, Kauli sucedeu ao brasileiro Italo Ferreira como campeão olímpico, oferecendo à França e ao surf europeu a primeira medalha de ouro em Olimpíadas.
O triunfo do surfista de 22 anos foi assegurado após uma exibição de gala na final diante do australiano Jack Robinson, que teve de contentar-se com a medalha de prata após um trajeto também meritório em que teve de passar pela repescagem, afastou dois antigos campeões mundiais e especialistas nesta onda tubular, como são o caso de John John Florence e Gabriel Medina.
Disputada entre dois surfistas estreantes nas Olimpíadas, a final começou a todo o gás, com Teahupoo manifestar-se e a entregar um punhado de tubos de qualidade, algo que foi muito raro durante este dia final.
Vaast, que não integra a elite mundial do surf, teve uma entrada de rompante com dois tubaços de 9,50 pts (melhor onda do dia das finais) e 8,17 pts, que perfez o score combinado de 17,67 pts em 20 possíveis.
Entre os tubos do adversário gaulês, Robinson respondeu com um cilindro avaliado em 7,83 pts pelos juízes.
Até ao fim, Teahupoo adormeceu, instalou-se a acalmia e passaram-se mais de 20 minutos sem que o mar oferecesse oportunidades a Jack Robinson para operar a reviravolta. Apenas três ondas foram surfadas em 35 minutos de bateria.
O surfista australiano sofreu do mesmo mal que o brasileiro Gabriel Medina, o seu adversário na meia-final.
Naquela que foi uma reedição da final do Tahiti Pro de 2023, o desfecho foi o mesmo, com 'Robbo' a bater Gabes, que ainda não foi desta que levou para casa o tão ambicionado ouro.
Porém, ao contrário do que sucedeu em Tóquio'2020, na estreia olímpica do surf, desta feita o três vezes campeão mundial de surf conseguiu salvar uma medalha, a primeira da sua ilustre carreira.
No sempre duro heat da medalha de bronze, que juntou dois surfistas da América do Sul, Gabriel Medina bateu o peruano Alonso Correa, a grande surpresa da competição masculina.
Apesar do decepcionante desfecho do embate com Jack Robinson, Medina reencontrou-se com o mar e o bom surf, superiorizando-se a Alonso, que tudo fez para contrariar o favoritismo do rival continental.
Com duas ondas de 7,77 pts, o surfista brasileiro cravou o score combinado de 15,54 pts contra os 12,43 pts do adversário peruano.
Para além do bronze ao pescoço, Gabriel Medina deixa Teahupoo com a melhor onda de sempre efetuada numa prova olímpica de surf, o magistral tubo de 9,90 pts, que deu origem à memorável fotografia que correu o mundo e é uma das imagens dos Jogos da 33.ª Olimpíada.
Já Alonso Correa não alcançou a tão desejada medalha, mas deixou uma excelente imagem na desafiante onda de Teahupoo, possibilitando ao surf peruano o primeiro diploma olímpico da sua história.
Tudo ganha ainda maior relevo porque Correa não pertence ao elenco do circuito mundial de surf e até Paris'2024 nunca tinha competido nos tubos de Teahupoo.
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