O sismo que abalou Portugal ao início da manhã e que foi sentido em vários distritos colocou o país em alerta. Contudo, a Proteção Civil já veio a público afastar a possibilidade de existir um tsunami em Portugal na sequência deste episódio sísmico, que teve uma magnitude de 5.3 na escala de Richter, com o epicentro a acontecer a cerca de 60 km da costa, ao largo de Sines.
“Só há aviso de tsunami a partir de 6.0. Houve uma notificação também pelo Centro Europeu de que, de facto, não havia aviso de tsunami, que não era necessário tomar mais nenhuma medida face a esse risco”, frisou o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, em conferência de imprensa ao país.
O epicentro do abalo foi registado às 5:11, a 58 quilómetros a oeste de Sines e a uma profundidade de 10,7 quilómetros. Depois disso, já houve registo de mais quatro réplicas nas horas que se seguiram, todas elas de baixa magnitude.
Apesar de terem sido inúmeros os relatos das pessoas que sentiram a terra a tremor, especialmente na zona de Sines, Setúbal e Lisboa, o sismo foi sentido em mais pontos do país e até em Espanha e Marrocos. Ainda assim, não existiram relatos de danos pessoais ou materiais.
Em comunicado, emitido já na manhã desta segunda-feira, citado pelo jornal online Observador, o Governo português diz estar em coordenação estreita com todos os serviços relevantes na matéria”, na sequência do sismo registado, apelando à população para que “mantenha a serenidade” e siga as recomendações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, primeiro-ministro em exercício durante as férias de Luís Montenegro, afirmou que este sismo foi encarado como um "teste real" para perceber se há "meios de resposta no caso de uma catástrofe grave", após uma reunião na sede da Autoridade Nacional da Proteção Civil.
Também o Presidente da República emitiu um comunicado, divulgado no site da Presidência: "Na sequência do sismo desta noite a sul de Lisboa, o Presidente da República tem estado em contacto com o Governo e está a acompanhar a situação desde o início, não havendo indicação de feridos ou estragos materiais. O Presidente da República reunirá pelas 10:00, em Belém, com o primeiro-ministro em exercício, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel, logo após a reunião deste com a Proteção Civil", lê-se na declaração emitida por Belém.
O chefe de Estado negou ainda que tenham existido falhas na comunicação das autoridades com a população, apesar de o site do IPMA ter estado em baixo e não ter sido enviada qualquer mensagem de alerta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Marcelo deixou também o apelo a um debate alargado sobre a construção de obras públicas que acautelem os riscos associados a abalos sísmicos, bem como à contínua aposta da formação de crianças e jovens sobre o que fazer em caso de terramoto.
Já o primeiro-ministro Luís Montenegro, que se encontra fora do país de férias, agradeceu a prontidão da Proteção Civil e das autoridades no acompanhamento do sismo e destacou "a serenidade da reação do povo português".
Este foi o maior sismo sentido em Portugal Continental nos últimos 55 anos e há quem frise o facto de este ter tido o epicentro no mar como principal fator para não terem existido danos de maior. Um sismo desta magnitude mais perto da costa podia ter provocado danos materiais, segundo a opinião do geofísico Jorge Miranda, antigo presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O professor da Universidade de Lisboa lembra que este abalo ficou registado em todo o mundo.
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