Em comunicado oficial, a Federação Portuguesa de Surf (FPS) já reagiu publicamente ao polémico incidente ocorrido com Erica Máximo na passada sexta-feira durante o Mundial ISA Júnior, que decorre até domingo em El Salvador.
No texto assinado por João Aranha, presidente da FPS, pode ler-se que a entidade "lamenta profundamente" a situação ocorrida, afirmando que o comportamento adotado pela jovem surfista portuguesa foi "totalmente irrefletido e sancionável".
Na sequência do sucedido, a FPS refere que em conjunto com Erica Máximo irá apresentar um "pedido de desculpas à Federação Australiana de Surf (Surfing Australia), à ISA", sendo que Erica já "pediu desculpas a toda a equipa portuguesa e direção técnica".
Comunicado FPS na íntegra:
"A Federação Portuguesa de Surf lamenta profundamente o incidente que envolveu a atleta Erica Máximo no terceiro heat da ronda 5 das repescagens do World Junior Championship da ISA, ontem, em El Salvador, em que a atleta nacional tentou impedir, de forma antidesportiva e irrefletida, a sua oponente australiana de fazer uma onda que possivelmente lhe daria a passagem desta ronda em 2º lugar, eliminando a também portuguesa Maria Salgado, o que veio a acontecer logo de seguida.
A atleta Erica Máximo quer exprimir o seu arrependimento à atleta australiana diretamente lesada, e irá endereçar em conjunto com a FPS um pedido de desculpas à Federação Australiana de Surf (Surfing Australia), à ISA, sendo que já pediu desculpas a toda a equipa portuguesa e direção técnica.
Os responsáveis da FPS no local estão a analisar a situação juntamente com a atleta, com vista a perceberem as circunstâncias que motivaram este seu comportamento irrefletido e assegurarem que este tipo de situações nunca mais venha a ser repetido por qualquer atleta nacional em representação de Portugal.
A FPS está também a encetar diligências junto da ISA, para chegar a um entendimento sobre a forma mais justa de penalizar a atleta júnior em início de carreira internacional.
A FPS quer ainda realçar que o comportamento da surfista foi totalmente irrefletido e sancionável, mas este deve ser também encarado num contexto de alta competição e altíssima pressão física e emocional. Estamos perante competidores juniores, com pouca maturidade competitiva e gestão emocional, que levam já 7 intensos dias de uma prova mundial decisiva para as suas carreiras, mais 4 dias de treinos com fortes rotinas de alta-competição, em condições climatéricas extremas de calor e humidade aliadas a um quadro de doença que afetou muitos elementos da Seleção que tiveram, inclusive, de ser medicados com antibióticos para debelar infeções respiratórias, febre e desidratação.
A Direção da Federação Portuguesa de Surf volta assim a salientar que irá endereçar um pedido formal de desculpas a todos os envolvidos na situação provocada pela atleta nacional, deixando claro que acatará qualquer sanção que venha a ser decidida pela ISA e reservando-se o direito de posteriormente poder levantar inquérito disciplinar interno ao abrigo da lei desportiva nacional."
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