O Mundial ISA de El Salvador está a entrar na reta final, pois faltam apenas dois dias de competição até ao epílogo do evento, que já decorre desde a semana passada nas ondas de La Bocana e El Sunzal.
Quer isto dizer que estamos cada vez mais perto de conhecer os novos campeões mundiais a nível individual e coletivo, mas também que países vão garantir desde já vagas para os Jogos Olímpicos de Paris'2024.
Em El Salvador, estão em jogo um total de oito vagas ( 4 homens + 4 mulheres) que são atribuídas aos melhores surfistas dos seguintes continentes: Europa, África, Ásia e Oceânia.
Portugal está na luta pelas vagas europeias, com Frederico Morais e Francisca Veselko, os resistentes da equipa lusa neste Mundial, a jogarem uma cartada decisiva esta terça-feira.
Neste momento, a Europa é mesmo o único continente que ainda não tem uma vaga olímpica atribuída neste Mundial. Por definir, está igualmente a vaga destinada ao melhor surfista asiático.
Tudo o resto, ficou já definido na jornada competitiva da passada segunda-feira. No que diz respeito ao continente africano, a África do Sul assegurou as duas vagas em jogo.
No setor masculino, Jordy Smith foi o autor da proeza, tornando-se no primeiro surfista a assegurar qualificação para Paris'2024 neste Mundial ISA. Esta é a segunda vez na carreira que Smith consegue o apuramento olímpico, ainda que em Tóquio'2020 tenha acabado por falhar a primeira prova olímpica de surf da história devido a lesão.
No feminino, Sarah Baum foi a qualificada como consequência de ter sido a melhor competidora africana no evento. Baum vai participar pela primeira vez na maior competição desportiva do mundo. Nos pesados tubos de Teahupoo, no Taiti, Sarah terá aos ombros a pesada herança deixada pela compatriota e já retirada Bianca Buidentag, que foi medalhada de prata em Tóquio'2020.
"Honestamente, não tenho palavras. A última semana tem sido uma emotiva montanha-russa. É um sonho tornado realidade ter conseguido o apuramento, com toda a equipa presente e a gritar. Estou muito feliz. Mal posso esperar para entubar", disse a surfista de 29 anos.
Para além de África, o assunto também já está sentenciado na Oceânia, com a Nova Zelândia a levar para casa as duas vagas em jogo. Pela segunda vez consecutiva, Billy Stairmand volta a ser olímpico. "A sensação é exatamente a mesma da primeira. Foi um longo caminho até chegar aqui", confidenciou Billy.
Já entre as senhoras, a contemplada foi Saffi Vette após despique com a compatriota e antiga top mundial Paige Hareb na ronda 6 das repescagens. Saffi seguiu em frente e Paige não, pelo que tudo ficou decidido. "Anteriormente, nunca estive no Taiti. Estou obviamente muito entusiasmada, mas também muito apavorada. Acho que estou pronta", assegurou Vette, um nome que é mais desconhecido do grande público.
Por último, houve festa no seio da comitiva japonesa com a vaga assegurada por intermédio de Shino Matsuda. Um momento emotivo para a jovem surfista japonesa, pois no apuramento olímpico para os "seus Jogos", Matsuda havia conseguido agarrar uma vaga provisória através do Mundial ISA de 2019.
Porém, tudo acabou por escapar entre os dedos em favor da antiga campeã mundial Sofia Mulanovich. Coisas de um processo de qualificação bem confuso... Agora, já não foge e Shino, que tem apenas 20 aninhos, vai mesmo ser atleta olímpica.
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