O terceiro dia de competição no Hurley Pro Sunset Beach, segunda etapa do circuito mundial de surf de 2023, provocou uma autêntica razia nos antigos campeões do mundo.
Entre os que não evitaram a saída de cena da prova havaiana, consta Kelly Slater.
O 11 vezes campeão do mundo perdeu nas oitavos-de-final diante do australiano Ethan Ewing, numa jornada onde havia começado por suplantar o compatriota Jake Marshall na ronda 3.
Consumada a eliminação, KS falou mais tarde aos microfones da World Surf League (WSL) sobre o heat no qual foi batido pela primeira vez numa fase man-on-man por Ewing.
"Estava à espera de um tubo, mas não havia muitas ondas. Aguardei por uma onda do set no Inside Bowl (ndr: um dos picos de Sunset), mas nunca apareceu. A verdade é que 45 segundos após o fim de heat acabei por apanhar uma onda mesmo boa. As coisas são mesmo assim", disse o surfista de 51 anos.
Depois, veio a análise global ao seu desempenho em Sunset Beach, onde KS foi bastante claro. "Em nenhum momento, surfei de forma fantástica. No entanto, diverti-me e consegui fazer alguns heats."
Para a história fica o nono posto, o que levou Kelly a brincar com a situação. "Fiz melhor do que no ano passado", onde acabou por ficar pelo caminho na ronda 2 e com polémica à mistura, numa prova onde vestia a licra amarela, simbolizando a liderança do ranking mundial.
Neste que é uma onda em que jamais saboreou a vitória, até ao momento, Slater explicou como a abordagem a Sunset Beach mudou por parte dos surfistas em comparação com aquilo que era feito no passado.
"Quando era mais novo, via nomes como Tom Curren e Tom Carroll a apanharem ondas no outside. Isso ficou na minha memória. Porém, a hoje em dia a abordagem é diferente por parte dos surfistas mais novos. Em vez de ficarem lá fora, a onda é surfada no inside e com pranchas mais pequena", disse o natural de Cocoa Beach.
Por último, o mais laureado surfista da história deu a entender que deverá viajar até Portugal, onde já em março terá lugar a próxima etapa do CT 2023, o MEO Rip Curl Portugal Pro.
"O ano passado tivemos bastante azar. Houve um mês inteiro de boas ondas em Supertubos, mas quando lá chegámos existiu uma espécie de apagão. A primeira ronda foi feita com vento onshore, o que tornou a prova num campeonato de aéreos. Tivemos um dia e meio com bom surf, o que foi divertido. O melhor dia deu mesmo boas ondas. Nesta altura do ano, esperamos que o swell tenha força. Porém, para ser honesto, os oceanos Pacífico e Atlântico têm estado um pouco estranhos nas últimas semanas. Por isso, veremos o que acontece", afirmou.
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