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A finalíssima de Trestles coroou a jovem Caroline Marks como campeã do mundo de surf de 2023. Aos 21 anos de idade, a surfista norte-americana alcançou o primeiro título mundial da carreira, colocando assim um ponto final na hegemonia do trio Stephanie Gilmore/Carissa Moore/Tyler Wright, que desde 2007 (!) vinha a monopolizar a conquista dos cetros mundiais.

Terceira colocada do ranking após a temporada regular, Caroline teve de surfar quatro baterias baterias num só dia para atingir o topo da pirâmide do surf mundial e assim suceder à australiana Stephanie Gilmore, ausente em Trestles por não ter obtido a qualificação.

O dia de sonho de Marks começou a desenhar-se no confronto com a compatriota Caitlin Simmers, que no primeiro heat da jornada havia derrotado a 'aussie' Molly Picklum com uma exibição empolgante, levando ao rubro a multidão que deslocou-se até Trestles.

A vitória sobre a rookie de 17 anos permitiu a Caroline Marks garantir, desde já, o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris'2024. Será a segunda vez que a surfista da Florida vai participar no maior evento desportivo do mundo, depois de ter obtido o quarto posto em Tóquio'2020.

Ultrapassada Caitlin Simmers, Caroline embalou. Seguiu-se o confronto com a australiana Tyler Wright, no qual destroçou a bicampeã mundial. A competidora norte-americana mostrou a melhor versão do seu surf, servindo uma combinação a Tyler, com o score combinado de 17,40 pts em 20 possíveis, agregando duas notas na casa da excelência (9,07 + 8,33 pts).

Estava assim lançado o aviso a Carissa Moore, a rival na finalíssima. Nesse duelo, a surfista de 21 anos manteve a bitola e limpou Riss. Venceu dois heats consecutivos à consagrada surfista havaiana, que pelo segundo ano seguido chegou a Trestles de licra amarela, mas deixa a Califórnia como vice-campeã mundial.

Na primeira bateria, Caroline Marks cravou um score combinado de 17,10 pts, novamente graças a duas ondas excelentes (8,67 pts + 8,43 pts). Toda uma performance que deixou Carissa encostado às cordas, sem qualquer margem de erro. No heat seguinte, em que não houve ondas surfadas durante os 15 primeiros minutos, Marks deu a estucada final perante Moore, que nunca esteve verdadeiramente ao seu nível. 

Depois de ter sido vice-campeã mundial com apenas 17 anos em 2019, ano em que venceu o 'nosso' MEO Rip Curl Pro Portugal, Caroline Marks viveu um período mais conturbado, nomeadamente em 2022 devido a lesão.

De volta às boas sensações em cima de uma prancha de surf, agora ofereceu aos Estados Unidos da América o primeiro título mundial feminino desde a conquista de Lisa Andersen em 1997.

Foi o culminar de uma campanha em que esteve presente em quatro finais, tendo vencido duas delas (El Salvador e Taiti). Aliás, os últimos dois eventos da temporada (Taiti e Trestles) foram conquistados pela nova campeã do mundo. 

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