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O circuito mundial de surf de 2023 vai continuar nos antípodas para aquela que será a segunda e derradeira etapa da perna australiana.

Depois da passagem pelas águas de Bells Beach, que culminou nos triunfos dos australianos Ethan Ewing e Tyler Wright, os melhores surfistas do planeta viajam até à West Oz.

É aí que será disputado o Margaret River Pro, a quinta etapa do ano e aquela que vai definir o leque de surfistas que ficará acima ou abaixo do cut.

Com o período de espera de 20 a 30 de abril, este será portanto um evento a transbordar de emoções fortes, dado tudo aquilo que estará em cima da mesa a cada bateria que for colocada na água. 

Numa altura em que estamos a menos de uma semana da abertura da janela de espera, a World Surf League (WSL) já revelou os heat draws da etapa que tem Jack Robinson e Isabella Nichols como campeões em título.

Desde logo, destaque para a ausência de Teresa Bonvalot. À semelhança do que sucedeu em Bells Beach, a atual campeã nacional Open não deverá fazer uso do estatuto de primeira suplente do Tour, estatuto esse que acaba precisamente nesta etapa de Margaret.

Com todas as tops mundiais aptas, apenas um imprevisto de última hora poderá levar Teresa a participar na quinta etapa da temporada. Recorde-se que a surfista portuguesa marcou presença nas três primeiras etapas do ano ocupando o lugar da lesionada Johanne Defay, entretanto já recuperada para a perna australiana.

Para este Margaret River Pro, a vaga em aberto no quadro feminino será ocupada pela vencedora dos trials. As provas de triagens também vão possibilitar a entrada de um surfista local no quadro masculino.

Aí, há três surfistas que foram chamados ao serviço para suprimir ausências por lesão. O costarriquenho Carlos Muñoz continuará a fazer uso do estatuto de primeiro suplente ao ocupar a vaga deixada em aberto pelo marroquino Ramzi Boukhiam, que ainda continua lesionado.

Depois, também teremos em ação os australianos Reef Heazlewood e Jarvis Earle. O primeiro vai tomar o lugar de Jadson André, outro lesionado de longa duração, enquanto o atual campeão mundial Júnior, em estreia no CT, estará em substituição de Miguel Pupo, que também já havia estado ausente em Bells Beach. O irmão de Samuel Pupo continua a recuperar da lesão contraída em Supertubos e com nova ausência já sabe que vai ficar abaixo do cut.

A escolha em Reef recaiu pelo facto de ser o atual líder do QS regional da Austrália/Oceânia. Já Jarvis Earle garantiu acesso ao quadro masculino por ser o segundo colocado nesse mesmo circuito e pelo facto de ser o atual campeão mundial Júnior.

Quanto ao wildcard à disposição da organização, este foi atribuído a outro surfista australiano, no caso o local Jacob Willcox. Tudo porque foi o terceiro melhor competidor 'aussie' no circuito Challenger Series de 2022, entre os australianos que não obtiveram a qualificação para o CT. Na etapa anterior, os dois primeiros, Dylan Moffat e Morgan Cibilic, estiveram em prova.

Em termos de confrontos na ronda inaugural do Margaret River Pro, nota para a bateria que vai ter em confronto Ítalo Ferreira, John John Florence e Jake Marshall. Já o novo líder do ranking mundial João Chianca terá Liam O'Brien e o vencedor dos trials como oponentes, enquanto Kelly Slater, que está em risco de ficar abaixo do cut, medirá forças diante de Connor O'Leary e Matthew McGillivray. 

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