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Yolanda Hopkins e o 'muito doce' sabor de vencer quem é um 'exemplo' desde sempre13 março 2023

- Yolanda Hopkins está apurada para os oitavos-de-final do MEO Rip Curl Pro Portugal.
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Quando no final do passado mês de fevereiro sagrou-se campeã europeia da WSL em Marrocos, Yolanda Hopkins disse: "Penso que este pode ser o meu ano."
E a verdade é que até agora, Yolanda não podia pedir muito mais. Recém-coroada campeã continental, a surfista lusa recebeu o wildcard para competir no MEO Rip Curl Pro Portugal e assim fazer a sua estreia no circuito mundial de surf.
Uma estreia que está a ser memorável. Primeiro, Hopkins apurou-se diretamente para a ronda 3 do evento que está a decorrer nas ondas de Supertubos. Na manhã desta segunda-feira, conseguiu uma vitória "muito doce" ao afastar da competição a consagrada Carissa Moore.
Triunfo histórico sobre a cinco vezes campeã mundial e primeira campeã olímpica da história do surf que valeu a passagem aos quartos-de-final em Supertubos.
"Estou super feliz. Isto é o meu tipo de surf, com o mar grande e mesmo horrível. Vi que os juízes estavam a dar bons pontos para manobras grandes e a fechar. Deram-me os pontos que precisava. Acho que a Carissa estava a procura daquela onda bonitinha", explicou a campeã nacional Open em 2019 aos jornalistas.
Pela segunda vez neste MEO Rip Curl Pro Portugal, Yo teve a oportunidade de defrontar a surfista que sempre foi um "exemplo" para si.
"Sempre quis competir frente a frente com a Carissa porque sempre foi o meu modelo. Baseei o meu surf todo nela. Foi apenas incrível", confidenciou.
A diplomada em Tóquio'2020 acrescentou ainda: "Sempre tive confiança em mim própria. Já disse antes que quero ganhar em qualquer campeonato que entro. Nada mudou. Se quiser vencer, tenho de bater as melhores. Aconteceu. Desta vez foi para o meu lado. Da próxima vez, pode ir para o lado da Carissa."
Sem "muita pressão" e com esta atirada para o "lado de Carissa", Yolanda Hopkins voltou a bater o pé a uma top mundial num grande palco internacional, repetindo o que já havia feito nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020. Na altura, suplantou Johanne Defay nos oitavos-de-final, numa fase em que a surfista francesa ocupava o segundo lugar do ranking mundial.
Quando confrontada sobre qual vitória foi mais especial, a nova campeã europeia explicou: "É um bocadinho difícil meter isso em perspetiva. Os Jogos Olímpicos são os Jogos Olímpicos. A Johanne era a número 2 do mundo, mas a Carissa já tem cinco títulos mundiais. Acho que esta vitória é um bocadinho mais doce, mas estão ao mesmo nível", disse aquela que a partir de agora é a única representante do surf luso no MEO Rip Curl Pro Portugal.
Toda uma proeza que foi alcançada envergando uma licra com a 'Stars and Stripes' (bandeira dos Estados Unidos da América) e o nome da antiga tenista Venus Williams nas costas.
"Para os wildcards não fizeram licra para o sistema de heats sobrepostos (overlapping). Não havia a licra extra que precisava. Escolhi esta licra, que pertencia à Lakey Peterson, porque sempre tive uma grande inspiração pelas irmãs Williams. Antes jogava ténis. Quando comecei elas é que mostraram o que é o trabalho duro", disse.
Agora, segue-se o duelo com a australiana Macy Callaghan nos quartos-de-final: "Só quero surfar e mostrar ao mundo o meu surf."
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