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Pelo segundo ano consecutivo, a temporada no circuito mundial de surf vai ficar marcada pela existência de um cut a meio do ano, mais concretamente após a perna australiana, o que irá reduzir os elencos de 36 para 24 surfistas nos homens e de 18 para 12 competidoras no setor feminino.

Desde o dia 1 da sua existência, o cut tem gerado muita polémica, com vários surfistas a criticarem publicamente esta solução competitiva adotada pela World Surf League (WSL).

A verdade é que o polémico cut continua em vigor, mas quem sabe se não irá cair por terra num futuro próximo. O mesmo poderá aplicar-se à finalíssima que serve de apuramento dos campeões mundiais após a temporada regular, que atualmente é composta por 10 etapas.

A porta da mudança foi aberta pelo CEO da WSL, Erik Logan, em entrevista concedida ao site da publicação australiana 'The Sydney Morning Herald'.

"Queremos passar este ano antes de fazer qualquer mudança radical. Uma vez ultrapassado o presente ano, 2024 será um ano olímpico e uma boa oportunidade para avaliar o que está ou não a funcionar. Não é descabido assumir que iremos refinar o formato", confidenciou Logan.

No entanto, Erik deu a entender que a introdução do cut foi um sucesso ao nível das audiências, particularmente ao nível da etapa Margaret River, onde tudo ficou decidido quanto a quem saía ou permanecia na divisão máxima do surf mundial.

Segundo o próprio, houve um aumento de 35% no consumo do conteúdo logo no evento de Bells Beach. "Houve muito drama em Bells e Margaret. O cut a meio da época gerou mais audiência e mais gente ligada ao CT", explicou.

O homem que sucedeu a Sophie Goldschmidt como CEO da World Surf League revelou igualmente que o diálogo com os surfistas é uma constante.

"Estamos sempre a falar com os surfistas sobre formas de melhorar o contexto competitivo e como pensamos sobre o formato da finalíssima e do cut."

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