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- Na despedida de Portugal, KS voltou a sublinhar que em caso de qualificação para as Olimpíadas de Paris'2024 colocará um ponto final na ilustre carreira a seguir ao mega evento.
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Kelly Slater e Portugal é uma relação já muito antiga. E como qualquer relação tem tido momentos altos e baixos, mas algo sempre permaneceu e de certa forma até se foi adensando com o passar dos anos à medida que a lenda em torno do careca mais famoso da história do surf era cada vez maior.
Falamos da enorme admiração do povo português pelo 11 vezes campeão mundial. Devoção é aquilo que se vê a cada aparição de Kelly na praia para competir, independentemente da hora do dia. "Kelly, Kelly, Kelly" é o cântico mais entoado a plenos pulmões pelos fãs.
Cântico que nos últimos largos anos ficava sempre em suspenso quando se aproximava a etapa portuguesa do circuito mundial de surf, que desde 2010 mora em Peniche.
Será que Kelly Slater vem a Portugal? E sempre que a resposta a esta pergunta era afirmativa, outra pergunta impunha-se: Será esta a última vez que Slater competiu em Portugal?
A verdade é que o surfista de 51 anos viajava até ao nosso país, sempre que estava apto, até que desembocamos neste dia 12 de março de 2023. Data que pode ficar na história como o dia da 'última dança' do mais laureado surfista da história da modalidade envergando a licra mundialista em Portugal.
E o culpado desta situação pode ter sido o brasileiro João Chianca, um dos mais entusiasmantes surfistas a aparecer no CT nos últimos anos e que derrubou o nativo de Cocoa Beach do MEO Rip Curl Pro Portugal, no duelo que ambos travaram na ronda 3 da terceira etapa do CT 2023.
Uma bateria em que Kelly não esteve 100% conectado com o mar onde triunfou em 2010. Um mau posicionamento no lineup, segundo o próprio, aliado a uma onda que deixou passar nos instantes finais da bateria quando procurava a reviravolta, contribuíram para o final da trajetória, não obstante ter conseguido a melhor onda do compromisso (7,33 pts).
Foi isto que Slater contou inicialmente na conversa que teve com os jornalistas, onde mais à frente avançou que muito provavelmente que esta poderá ter sido a sua última aparição numa etapa portuguesa do CT.
"Talvez tenha sido a minha última vez aqui, para ser honesto. Veremos o que acontece. Talvez dependa um pouco da qualificação para os Jogos Olímpicos, que penso que ficará definida este ano", confidenciou o veterano surfista.
Maior certeza existe em relação a esses mesmos Jogos Olímpicos de Paris'2024. KS voltou a reforçar que em caso de qualificação acontecerá o "fim" da sua ilustre carreira no surf de competição, assim que termine a participação no maior evento desportivo do mundo.
Com várias participações na etapa portuguesa do CT, Kelly Slater foi questionado pelos jornalistas sobre quais as suas melhores memórias ao fim de tantos anos. "A vitória diante de Jordy Smith em 2010 e no ano seguinte quando fiz segundo contra o Adriano de Souza. As ondas estavam perfeitas e foi um grande ano", relembrou.
Já sobre a Praia de Supertubos, o mais famoso beach break do Oeste português, o campeoníssimo surfista fez uma curiosa análise: "Em termos gerais, aquilo que os Supertubos podem ser e o que têm vindo a ser na maioria das vezes para o campeonato são duas coisas diferentes. O ano passado tivemos pouca sorte com o vento de sul. Quando as condições ficaram limpas, o swell estava pequeno. Tivemos um dia bom. Este ano tem vindo a ser uma semana difícil por causa do vento de sul. Houve momentos...", afirmou.
Com a onda de Supertubos, a coisa andou tremida, mas o mesmo não se aplica à cidade de Peniche, com a qual diz ter estado "muito conetado desde os primórdios deste campeonato".
Conexão que também se estendeu ao já mencionado povo português. "Tem sido fantástico. São positivos, gritam o meu nome e apoiam-me. É esmagador. Sempre tive um grande apoio durante estes anos", concluiu.
Se esta foi a última vez que tivemos a oportunidade de ver Kelly Slater a competir no CT de Peniche, só o tempo poderá confirmar as palavras proferidas hoje diante de vários jornalistas.
Caso tenha mesmo sido desta, ficou no entanto a porta aberta a um regresso a estas paragens. Não para competir, mas sim para o "free surf" e "jogar golfe", modalidade que pratica.
Através da rede de livecams, podes visualizar em direto e em tempo real toda a evolução do estado do mar e da praia.
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