Homepage
- Além de Sally Fitgibbons, Teresa ainda tem pela frente a brasileira Anne dos Santos e a francesa Vahine Fierro, que também está na luta pela qualificação.
-
A ação em Haleiwa arrancou esta terça-feira, com a ronda inaugural masculina e feminina, mas os heats mais aguardados ainda estão para chegar. Isto porque os portugueses que estão na luta pela chegada ao CT ainda não entraram em cena, uma vez que tiveram entrada direta para a ronda 2, onde lhes espera desafios bem complicados pela frente. São verdadeiras finais ao nível de um CT que têm de superar, caso queiram continuar a sonhar com a entrada… no CT 2023.
O destaque principal vai, obviamente, para Teresa Bonvalot, que chega ao Havai no 5.º posto do ranking feminino, naquele que é último lugar de acesso à elite mundial do próximo ano. Com sete surfistas na luta por duas vagas e com a havaiana Bettylou Sakura Johnson praticamente com uma delas na mão, a luta de Teresa passa por ficar à frente da norte-americana Alyssa Spencer, que surge no 6.º posto do ranking, e esperar que as restantes surfistas na disputa não cheguem à final.
Com Mafalda Lopes a cruzar-se já na próxima fase com Alyssa Spencer, que a partir do momento que passe para os quartos-de-final ultrapassa virtualmente Teresa no ranking por ter um descarte mais baixo, Portugal pode sonhar com uma pequena ajuda da jovem surfista da Caparica. Até porque nessa bateria também vão estar as australianas Dimity Stoyle, ex-top mundial e dona de um surf power que encaixa bem em Haleiwa, e Sophie McCulloch, outras da poucas surfistas ainda com possibilidades de garantirem uma vaga para o CT.
Ora, se Spencer pode ter um heat complicado pela frente, o que dizer da missão de Teresa, que acabou por ficar com a “fava” vinda da ronda inaugural. A experiente australiana Sally Fitzgibbons foi uma das tops mundiais que decidiu participar neste evento, a par da cinco vezes campeã mundial Carissa Moore e da rookie do CT 2022 Gabriela Bryan, ambas havaianas. Mesmo sem ter qualquer objetivo competitivo neste evento, estando apenas a ganhar ritmo para a nova temporada, Sally acabou por superar a ronda inaugural, indo parar à bateria da portuguesa.
Dessa forma, na estreia em Haleiwa, Bonvalot vai ter pela frente um grande nome, que pode complicar as contas. É uma verdadeira batalha digna de circuito mundial, com o objetivo de estar lá no próximo ano. A Fitzgibbons ainda se junta a brasileira Anne dos Santos e a francesa Vahine Fierro, outras das surfistas ainda nas contas da qualificação.
Em caso de qualificação para a fase seguinte, Teresa Bonvalot dá um passo importante rumo à qualificação, mas poderá continuar essa luta taco a taco com Alyssa Spencer, caso a norte-americana também passe. Algo que se poderá prolongar até à final, com a que terminar em melhor posição a levar a melhor nesta luta particular.
Caso Teresa perca e Spencer avance, as contas ficam arrumadas. Já se Spencer e Teresa perderem, a vaga fica bem encaminhada para a portuguesa, que só a perderia se Sophie McCulloch chegasse ao 3.º posto ou o triunfo na etapa fosse para a francesa Vahine Fierro, a sul-africana Sarah Baum ou a japonesa Amuro Tsuzuki.
Com as australianas Bronte MaCaulay e Nikki van Dijk a ficarem de fora desta última etapa, o leque de surfistas com possibilidade de qualificação ficou reduzido e a verdade é que a ronda 2 em Haleiwa poderá funcionar para reduzir ainda mais este lote, numa altura em que Tsuzuki, Fierro e Baum sabem que só chegarão à qualificação praticamente com um milagre.
Na prova masculina o cenário é idêntico, com Frederico Morais e Vasco Ribeiro a terem testes bem exigentes na estreia. Com ambos a terem ínfimas possibilidades de qualificação, uma vez que além de terem de vencer ainda ficariam a depender dos resultados de cerca de duas dezenas de outros surfistas, a verdade é que se superarem a ronda 2, podem ganhar balanço para um grande resultado em Haleiwa.
Vasco Ribeiro é o primeiro a entrar em cena, estando no heat 3. Pela frente terá o havaiano Seth Moniz, que pertence ao CT e está nesta prova como um dos “intrusos” do top mundial que competem sem objetivo, mas com possibilidade de atrapalhar as contas da qualificação, mas também o brasileiro e ex-top mundial Alejo Muniz e ainda o jovem francês Justin Becret.
Pior é o cenário para Frederico Morais, que esta temporada apenas superou a ronda inaugural por uma ocasião. Kikas vai ter pela frente três surfistas com quem já conviveu na elite mundial. Além do australiano Ryan Callinan, que é amigo próximo e colega de treino e já tem o bilhete de regresso garantido para o CT 2023, o surfista português ainda vai medir forças com o peruano Luca Messinas, que chegou ao CT em 2022 e de lá saiu no corte a meio da temporada, tal como Frederico, e com o veterano francês Michel Bourez.
Tarefas nada fáceis para os representantes nacionais, que vão ser colocados à prova numa ronda de emoções fortes e expectativas altas. Ou não estivessem em jogo as vagas na elite mundial do próximo ano e, consequentemente, muitas carreiras.
Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Segue o Beachcam.pt no Instagram