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Ian Gentil, o surfista que deseja sentir muita pressão no Haleiwa Challenger17 novembro 2022

- A ilha de Maui deixou de ser ponto de passagem do CT, mas pode estar prestes a reentrar na órbita da elite mundial.
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Após seis etapas já realizadas, falta apenas a visita à onda havaiana de Haleiwa para fechar a presente campanha, inevitavelmente encontramos desilusões e surpresas no que toca às prestações obtidas no decurso do circuito Challenger Series de 2022.
Dentro do lote das agradáveis e bonitas surpresas, aparece Ian Gentil. Havaiano, Ian ocupa neste momento um lugar de relevo no pelotão que procura aceder ao Championship Tour (CT) de 2023. É o quinto colocado da hierarquia. À sua frente, apenas vislumbra os já qualificados Leo Fioravanti, Rio Waida e Ryan Callinan, bem como Ramzi Boukhiam, que também está a acariciar essa qualificação.
Isso significa que Gentil vai atacar a última etapa do circuito, a realizar numa onda com um significado tão especial para si, em posição de qualificação para o Championship Tour (CT) do próximo ano.
Provavelmente aquando do arranque deste competitivo circuito, na Austrália, poucos seriam aqueles que anteviam tal cenário quando se questionava quais os 10 surfistas que iriam dar o salto para o CT. Não só em termos gerais como no segmento havaiano, onde Ezekiel Lau, também ele acima do cut, surgia como a aposta preferencial.
A verdade é que a caminhada na presente Challenger Series está a sair redondinha a Ian Gentil, o que abre excelentes hipóteses da ilha de Maui estar representada entre a elite mundial dentro de poucos meses. Numa altura em que já nem a visita a Honolua Bay faz parte das coordenadas geográficas do CT, neste caso do setor feminino.
Nos eventos já realizados por esse mundo fora, o competidor havaiano tem demonstrado uma interessante regularidade, apesar de um início nada fácil com dois resultados modestos em Manly Beach e Ballito. A partir daí, deixou de ser gentil para a concorrência.
A contar, por estes dias, estão dois nonos lugares (Snapper Rocks e Huntington Beach), bem como um quinto posto (Saquarema) e um terceiro lugar em Ribeira d'Ilhas, na Ericeira, que é também o seu melhor resultado numa etapa da Challenger Series, até ao momento.
Numa altura em que falta apenas o remate final, a pressão aumenta e de que maneira para o lado de Ian Gentil. Está muito perto de fazer história! Contudo, a pressão parece não ser coisa inimiga para Ian. "Estou exatamente onde queria estar. Espero sentir muita pressão em Haleiwa", diz sem rodeios em comunicado da World Surf League (WSL).
Companheira inesperável de quem faz vida nestas lides e que trai a prestação de muitos competidores dentro de água, Gentil explica que durante o presente ano passou a ver com outros olhos a pressão. "Uma das coisas que aprendi este ano é que a pressão é algo de positivo. Ajuda-me a manter focado", assegura o surfista havaiano, que em 2018 teve a oportunidade conviver momentaneamente com a elite ao participar no lendário Pipe Masters.
Agora, praticamente quatro anos depois dessa aparição em Pipeline, Ian Gentil tem de fechar com chave de ouro num campeonato que há muito está marcado no seu livro. "Desde o início do ano que anseio por esta prova." Se isso acontecer, no início de 2023 de certeza que voltará a competir na onda rainha do surf mundial.
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