Homepage
- Teresa Bonvalot subiu ao 7.º posto do ranking feminino e é a portuguesa em melhor posição de atacar a qualificação.
-
O EDP Vissla Pro Ericeira serviu para abanar e definir muitas coisas nos rankings do circuito Challenger Series 2022. Embora com os portugueses longe das finais, a performance no feminino acabou por ser mais positiva para as cores nacionais. Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins chegaram aos oitavos-de-final e subiram no ranking, enquanto do lado masculino foi a desilusão total. Contudo, a margem de manobra continua a ser idêntica na luta pela qualificação para o CT 2023.
Com duas etapas por se realizarem, a primeiro no início de Novembro em Saquarema, no Brasil, e a decisiva entre o final de Novembro e início de Dezembro em Haleiwa, no Havai, tudo pode ainda acontecer. Contudo, o facto de no lado feminino as vagas serem metade daquelas que existem no circuito masculino – cinco para dez –, a verdade é que deixa o acesso muito mais complicado a Teresa Bonvalot e companhia.
Ainda assim, Teresa saiu da Ericeira no 7.º posto, melhorando uma posição no ranking e aproximando-se do cut. Com a entrada dos descartes em jogo, a australiana Nikki van Dijk subiu ao 5.º posto, tendo pouco mais de 600 pontos de vantagem sobre Teresa Bonvalot. Com 10000 pontos em jogo em cada etapa, ainda há muita margem para sonhar. Embora, praticamente só exista uma vaga em jogo.
O domínio apresentado pelo top 4, que as colocou já todas acima dos 26 mil pontos, faz acreditar que todas garantam uma vaga, mesmo que nenhuma ainda o tenha feito oficialmente. As australianas Macy Callaghan e Molly Picklum, a norte-americana Caitlin Simmers e a havaiana Bettylou Sakura Johnson dificilmente não estarão qualificadas no final da temporada. Tudo gente de alto gabarito.
Resta a quinta vaga, que tem uma série de candidatas e outras que ainda possam entrar na luta com um grande resultado no Brasil ou no Havai. A Teresa, por esta altura, interessa trocar um resultado de 1900 pontos, o que implica superar duas rondas num desses eventos e chegar novamente aos oitavos-de-final. Se fizesse isso e as australianas Nikki van Dijk e Sophie McCulloch, que estão imediatamente à frente no ranking, não o fizessem, Bonvalot já saltava para dentro do cut, dependendo do que fizessem as surfistas que correm atrás.
Por isso, seria também importante que o quarteto que tem dominado o circuito e que está praticamente qualificado o continuasse a fazer, roubando pontos a eventuais surpresas que surjam nesta reta final. A verdade é que das cinco vencedoras de etapas só Teresa não surge dentro do top 5 e Nikki van Dijk é a única do top 5 que ainda não venceu. Ganhar do lado feminino não é garantia de qualificação, mas pode dar uma ajuda.
Em relação às restantes portuguesas do ranking, a vida é mais difícil, mas a matemática ainda permite sonhar. Yolanda Hopkins subiu ao 20.º posto, mas continua a mais de 10 mil pontos do cut. Algo que a obriga a sonhar com dois resultados fortes, pois só um triunfo não chegaria para inverter a situação. O mesmo acontece com Mafalda Lopes, que surge na 33.ª posição, com 6 mil pontos, e Kika Veselko, atualmente no 40.º posto, com 4800 pontos.
Do lado masculino, a situação de Frederico Morais no ranking não é tão famosa. Contudo, em termos de possibilidades elas ainda estão bem vivas. Isto porque, ao contrário do circuito feminino, um triunfo praticamente garante a qualificação, uma vez que falamos de dez vagas e apenas sete etapas. A eliminação precoce na Ericeira atirou Kikas para o 39.º posto do ranking, com somente 5645 pontos.
À partida esta não é uma situação nada positiva para o surfista português, que continua atrás de Vasco Ribeiro, entretanto retirado de competição. Ainda assim, tal como Frederico bem frisou sobre as finais no Havai em 2016 que o atiraram para o CT, tudo ainda pode acontecer. E nem é preciso uma epopeia ao estilo da sua primeira qualificação. As contas são simples, pois Kikas está a cerca de 7 mil pontos do cut. Um triunfo numa das últimas etapas deverá chegar para entrar no top 10. Dois resultados fortes também. E todos sabem como Haleiwa já deu grandes alegrias ao surf nacional.
Ranking masculino
1 – Leo Fioravanti (ITA), 26915 pontos
2 – Rio Waida (IDN), 22650
3 – Ryan Callinan (AUS), 20995
4 – Liam O’Brien (AUS), 14900
5 – Zeke Lau (HAV), 14820
6 – Dylan Moffat (AUS), 14710
7 – Ian Gentil (HAV), 13375
8 – Michael Rodrigues (BRA), 13285
9 – Maxime Huscenot (FRA), 12055
10 – Morgan Cibilic (AUS), 12035
----------------cut-------------------
11- Jacob Willcox (AUS), 11690
(…)
32 – Vasco Ribeiro (PRT), 5970
(…)
39. Frederico Morais (PRT), 5645Ranking feminino
1 – Macy Callaghan (AUS), 28920 pontos
2 – Molly Picklum (AUS), 28630
3 – Caitlin Simmers (EUA), 28630
4 – Bettylou Sakura Johnson (HAV), 26915
5 – Nikki van Dijk (AUS), 19185
-----------------cut----------------------
6 – Sophia McCulloch (AUS), 18810
7 – Teresa Bonvalot (PRT), 18540
8 – Bronte Macaulay (AUS), 17725
9 – Luana Silva (BRA), 13285
9 – Zoe McDougall (HAV), 13285
9 – Sawyer Lindblad (EUA), 13285
(…)
20 – Yolanda Hopkins (PRT), 8040
(…)
33 – Mafalda Lopes (PRT), 6000
(…) – Kika Veselko (PRT), 4800Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.
Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!
Segue o Beachcam.pt no Instagram