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Tatiana Weston-Webb, a surfista que procura oferecer ao Brasil o primeiro título mundial feminino06 setembro 2022

- Tati chega à decisão final de Trestles com uma espinha atravessada na garganta. Ali mesmo, o ano passado acariciou a glória. Foi vice-campeã do mundo.
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Se no setor masculino do Championship Tour (CT), o Brasil é a atual nação dominante, arrecadou cinco dos últimos sete títulos mundiais que estiveram em disputa, a verdade é que no lado feminino a situação é radicalmente diferente. É uma mudança do dia para a noite.
Nunca na história do surf feminino do país irmão houve uma surfista a proclamar-se campeã mundial na esfera da World Surf League (WSL). A única sul-americana que conseguiu tal proeza foi a peruana Sofia Mulanovich em 2004.
Este ano, na finalíssima de Trestles cuja janela de espera abre depois de amanhã, o surf brasileiro tem uma nova oportunidade de quebrar esse enguiço, que teima em resistir com o passar dos anos. E mais uma vez toda a responsabilidade estará recaída em Tatiana Weston-Webb, a única representante do surf brasileiro entre as melhores do planeta desde um punhado de anos a esta parte.
Tati chega à famosa onda de performance californiana com uma espinha atravessada na garganta. Ali mesmo, o ano passado ofereceu excelente réplica a Carissa Moore. Encostou a consagrada havaiana às cordas ao vencer o primeiro duelo da final. Por momentos, Tatiana esteve a uma vitória num heat de sagrar-se campeã do mundo de surf.
No entanto, acabaria por ceder nos dois compromissos seguintes. Riss foi então campeã pela quinta vez na carreira, enquanto a surfista brasileira terminou o ano como vice-campeã do mundo, o que representou o seu melhor desempenho no CT até ao momento.
Agora, quase um ano depois, aí está novamente Tatiana Weston-Webb à procura de conquistar aquilo que já acariciou. A temporada de 2022 não foi fácil para a surfista de 26 anos, mas a verdade é que a goofy sul-americana não vacilou e esteve à altura das circunstâncias nos momentos chave.
Foi extremamente regular, principalmente na segunda metade do ano. Em cinco eventos, por quatro vezes chegou pelo menos às meias-finais. Para além disso, na ultracompetitiva época regular, que terminou há menos de um mês no Taiti, Tati foi a única a bisar (Peniche e Jeffreys Bay).
Curiosamente, nas duas etapas em que saiu vencedora, eliminou Carissa Moore nas meias-finais. Por sua vez, a cinco vezes campeã mundial sorriu nos embates em G-Land e Saquarema, aqui na casa da rival. No cômputo geral dos confrontos ao longo de todos estes anos no CT, Moore leva a melhor com 17 vitórias face às 7 da oponente.
Em Trestles, uma onda que tão bem casa com o surf power de Tatiana Weston-Webb, não é certo que estas duas grandes surfistas venham a medir forças e assim reeditar o duelo de 2021. É que no meio desta equação também temos a francesa Johanne Defay, a costarriquenha Brisa Hennessy e a lendária Stephanie Gilmore.
E este ano, a tarefa de Tatiana terá mais uma dificuldade acrescida. Como fechou a época regular no terceiro posto do ranking, a surfista nascida em Porto Alegre terá de fazer mais uma ronda em comparação com 2021, onde foi segunda classificada do ranking. É certo que terá de surfar, pelo menos, quatro heats para alcançar o prémio tão desejado por ela pelo surf brasileiro.
A montanha pode ser mas difícil de escalar, mas por seu lado a experiência acumulada no ano anterior pode ajudar e de que maneira neste dia tão especial para o surf de competição.
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