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  • John John Florence, o homem que impediu o pleno de títulos mundiais brasileiros desde 2014
    15 setembro 2022
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  • O ano de 2014 marca um antes e um depois na história do surf de competição do país brasileiro.
  • A temporada de 2022 do Championship Tour (CT) terminou com o título mundial de Filipe Toledo, o primeiro da sua carreira e que foi conquistado após o triunfo nas finais de Trestles.

    Depois das proezas de Gabriel Medina, Adriano de Souza e Ítalo Ferreira, Filipinho tornou-se no quarto surfista brasileiro da história a sagrar-se campeão do mundo. Esta foi apenas mais uma página de ouro escrita pela surf brasileiro, numa história que começou a ser desenhada em 2014. Esse é o ano que marca um antes e um depois para o surf de competição do país irmão.

    Em 2014, por intermédio de Gabriel Medina, o Brasil subiu às nuvens e chegou à sua primeira coroa mundialista. Em tempos, o futebolista Cristiano Ronaldo numa altura de seca em termos de golos, disse: "Os golos são como ketchup, quando aparecem é tudo de uma vez."

    Aqui não falamos de golos, mas sim de títulos que para o Brasil vieram em catadupa, uma vez aberta a lata. Desde esse histórico momento protagonizado por Gabriel Medina, o Brasil arrecadou seis dos últimos oito títulos mundiais que estiveram em jogo, já excluindo o ano de 2020 em que não houve CT por causa da situação pandémica. Desses seis títulos, os últimos quatro foram de enfiada e protagonizados por três surfistas distintos.

    Gabriel Medina (2014, 2018 e 2021), Adriano de Souza (2015), Ítalo Ferreira (2019) e Filipe Toledo (2022) são os autores deste verdadeiro conto de fadas, que pelo meio também meteu medalha olímpica de ouro em Tóquio'2020, cortesia de Ítalo.

    O único surfista à face da Terra que quebrou esta impressionante cavalgada brasileira chama-se John John Florence. Em 2016 e 2017, o talentoso havaiano não de hipóteses à concorrência. Em 2019, John John parecia estar encaminhado para fazer nova desfeita, no entanto, uma das inúmeras lesões graves que já teve nos joelhos deram cabo de tudo. Para além dos indiscutíveis méritos da tropa brasileira, os constantes problemas físicos de Florence também têm sido um catalisador deste domínio verde e amarelo. 

    Os números estão aí e não deixam mentir. O registo do Brasil é de fazer corar de inveja outras potências do surf que têm estado à míngua. São o caso dos Estados Unidos da América e da Austrália. Ambas, atravessam um longo jejum, que parece não ter fim à vista. Os 'States', que este ano nem sequer colocaram um surfista nas finais de Trestles, não têm um campeão desde 2011, ano do último título de Kelly Slater, até ao momento. Já a Austrália está a seco há nove anos, altura em que Mick Fanning obteve o seu terceiro cetro mundial.

    Se estendermos a análise a títulos consecutivos por parte da mesma nação, temos de andar mais para trás. A Austrália não faz um tetra desde o início da década de 80 do século passado, enquanto os Estados Unidos não atingem tamanha proeza desde o início do milénio. Curiosamente, tal como Brasil nesta sequência, os norte-americanos tiveram três diferentes surfistas consagrados e nenhum deles foi Kelly Slater. Os obreiros dessa empreitada foram: Sunny Garcia (2000), CJ Hobgood (2001) e o saudoso Andy Irons (2002 e 2003). 

     

     

     

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