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A deceção de Johanne Defay: 'Tinha a convicção de que este poderia ser o meu ano'14 setembro 2022

- Apesar de toda a frustração com a sua performance em Trestles, a gaulesa sublinhou que também é preciso ver o copo meio cheio. "Sim, estou dececionada, mas caramba: sou número 3 do mundo".
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O CT feminino de 2022 não significou apenas o prolongar da seca brasileira quanto a títulos mundiais, um cenário diametralmente oposto com aquilo que tem vindo a ser verificado entre os homens, onde o Brasil arrecadou seis dos últimos oito títulos mundiais em jogo, quatro deles consecutivos.
Também o surf europeu feminino vai continuar a sua travessia no deserto, pelo menos por mais uma volta ao sol. A única representante do surf do Velho Continente, Johanne Defay, fechou o ano no terceiro posto do ranking mundial, aquela que até ao momento é a sua melhor classificação no Championship Tour (CT).
Um resultado extraordinário, mas que deixou a surfista gaulesa desiludida após a finalíssima de Trestles, disputada na semana passada. À famosa onda de performance californiana, Johanne chegou como número dois do mundo. Só que acabou por não discutir o título mundial com a havaiana Carissa Moore, pois foi uma das quatro surfistas que não resistiu à extraordinária cavalgada de Stephanie Gilmore rumo ao histórico oitavo título mundial.
Através de uma recente publicação na sua página oficial na rede social Instagram, Johanne Defay disse estar "extremamente desapontada" com a performance que plasmou nas ondas de Trestles. Até porque as expectativas eram máximas para este decisivo evento. "Tinha a convicção de que este poderia ser o meu ano. Tudo fazia sentido. Estava pronta", assegurou a competidora francesa.
No entanto, "por mais brutal que o surf possa ser, o desporto não é uma ciência exata". Nas finais de Trestles, Defay teve apenas a oportunidade surfar um heat, quando queria ter surfado três baterias, no mínimo. Sinónimo de que por esta altura poderia ser campeã do mundo. "Aqueles 35 minutos na água não refletem o que foi o meu ano, bem como a competidora e a surfista que sou. Por isso é que estou desapontada", confidenciou a surfista de 28 anos.
"Existem diferentes maneiras de perder e esta não é fácil de aceitar", assegura a europeia. Desta segunda experiência consecutiva em Tresltes, em 2021 alcançou o quarto posto e derrotou Stephanie Gilmore, retirou um ensinamento. "Agora, estou convencida de que o surf é o desporto com mais parâmetros incontroláveis. Por isso, temos a frustração de não ter conseguido mostrar ou dar tudo. Aqui não há cronómetro, nem uma linha de meta. É preto ou branco. É um pouco como a vida, cada um a interpreta à sua maneira, com todas as suas forças e fraquezas", escreveu.
Apesar de toda a frustração, Johanne Defay sublinhou que também é preciso ver o copo meio cheio. "Sim, estou dececionada, mas caramba: sou número 3 do mundo", concluiu a vencedora de cinco etapas do CT, até ao momento.
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