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Há um “Vírus V” à solta no surf feminino nacional29 agosto 2022

- Yolanda Hopkins carimbou em Anglet a segunda vitória pessoas da temporada.
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A Covid-19 entrou nas nossas vidas em meados de 2020 e mudou o dia a dia de todos. No surf, interrompeu todos os circuitos, demorando a restabelecer a normalidade nacional e internacional. A pandemia deixou marcas no surf mundial. Contudo, em 2021, tudo foi regressando, aos poucos, ao ritmo habitual. E, desde então, há algo que se tornou uma regra: no QS europeu só as surfistas portuguesas vencem etapas. Uma espécie de “Vírus V”, de vitórias.
O sucesso alcançado por Yolanda Hopkins é mais um passo nesse domínio nunca antes visto e quase imaginável, se recuarmos uns anos no tempo. Yolanda isolou-se ainda mais na liderança do ranking europeu feminino, com aquela que foi a segunda vitória na temporada, após quatro eventos disputados. Os outros dois foram vencidos por Kika Veselko e Teresa Bonvalot, atual campeã europeia em título.
Se em 2022/23 o domínio é absoluto por parte das surfistas portuguesas, o mesmo aconteceu na temporada anterior, com quatro triunfos de Teresa Bonvalot, ao qual juntou o título de campeã europeia, e ainda uma vitória de Carolina Mendes. Falhou apenas a vitória em Anglet no ano passado, o que foi missão impossível, uma vez que o campeonato não terminou por falta de ondas.
Contas feitas são 9 triunfos consecutivos no QS europeu. Algo que remonta ao início de 2021 e ao regresso do surf internacional pós-pandemia. Mas há mais. Na reta final de 2020, Pantín decidiu colocar na água um evento teste para ensaiar o regresso dos melhores surfistas europeus à água e também aí venceu Portugal, com Teresa Bonvalot a mostrar ao que ia nos meses que se seguiram.
Em termos globais esta é a melhor fase que há memória no surf nacional. A armada feminina conseguiu no passada temporada apurar três surfistas de forma direta para as Challenger Series 2022, ao assegurar os três primeiros postos do ranking. A Teresa, Kika e Mafalda Lopes, a única que ainda não venceu uma etapa mas que tem rondando esse triunfo, juntou-se Yolanda Hopkins como suplente.
Pode parece impossível suplantar esse registo, mas a verdade é que na presente temporada há hipótese de melhorar esse registo. A meio da temporada Portugal tem cinco surfistas no top 12, com Yolanda na liderança, Kika no top 3, Carol no top 5 e Mafalda Lopes no top 8. A 12.ª é Teresa, que anda já noutras lutas, e o júnior Gabriela Dinis encontra-se no 20.º posto do ranking, já a piscar o olho às compatriotas.
Com o próximo evento a ter estatuto QS3000 e a acontecer nos Açores, Portugal vai ter nova oportunidade para afirmar-se ainda mais no ranking. Mas em jogo nas ondas de São Miguel vai estar ainda um possível décimo triunfo consecutivo por parte de surfistas portuguesas. Algo inédito e que colocaria francesas e espanholas com a cabeça ainda mais à ronda em como parar este momento surreal da armada lusa feminina.
Pelo meio, é impossível esquecer o triunfo de Teresa Bonvalot na etapa de Sydney das Challenger Series, naquele que foi o maior triunfo da história do surf nacional feminino e que colocou a campeã nacional mais perto de chegar ao CT feminino em 2023. E mesmo que isso não aconteça no final deste ano, a verdade é que este domínio e estes resultados só mostram que será uma questão de (pouco) tempo até Portugal ser representado na elite mundial feminina. Ao contrário do que se passa no circuito masculino, a verdade é que o surf feminino nacional “está ótimo e recomenda-se”!
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