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  • Rio Waida, o surfista que precisava de perder
    02 agosto 2022
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  • Líder do ranking masculino da Challenger Series 2022 e embalado por duas vitórias consecutivas, o surfista indonésio teve uma passagem fugaz pelo US Open of Surfing.
  • Se há surfista que marcou as primeiras três etapas do circuito Challenger Series de 2022, esse competidor foi Rio Waida. Depois de um início discreto em Snapper Rocks, onde foi apenas 25º classificado, o simpático indonésio surgiu numa forma superlativa nas etapas seguintes.

    Como tal, venceu duas provas consecutivas neste competitivo circuito de acesso ao Championship Tour. Ao pisar o degrau mais alto do pódio em Manly Beach e Ballito, Rio tornou-se no primeiro surfista da ainda curta história da Challenger Series a vencer etapas de forma consecutiva.

    Desempenhos de excelência que colocaram Waida na liderança destacada do circuito (quase quatro mil pontos de avanço para o segundo classificado) e mais importante do que isso na rota do CT 2023, onde salvo algum cataclismo será o primeiro indonésio a apurar-se para a divisão de elite do surf mundial.

    Foi portanto nas nuvens que este competidor de apenas 22 anos aterrou na icónica Huntington Beach para participar no US Open of Surfing. Porém, aí as coisas não correram nada bem ao versátil surfista asiático. E não foi por falta de performance nas águas californianas. 

    Rio Waida perdeu de primeira no US Open of Surfing 2022 com o score combinado de 12,30 pts, pontuação que daria para passar à ronda seguinte em 21 dos 24 heats realizados no round 1. Esta foi uma bateria ultra competitiva e na qual todos aqueles que vestiram a licra plasmaram scores acima dos 10,00 pts. A fava saiu ao líder do ranking masculino da Challenger Series e a Peterson Crisanto, enquanto Alejo Muniz e Evan Geiselman seguiram em frente.

    Uma derrota que segundo o surfista que representou a Indonésia nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020 veio numa boa altura, depois da onda de sucessos que vinha a surfar brilhantemente. Em Huntington Beach, Rio teve o chamado abre-olhos. "Precisava de perder. Estava a ficar demasiado confortável", confidenciou o competidor asiático na sua página oficial na rede social Instagram.

    Não obstante ser um jovem, esta foi uma prova da maturidade e da fibra de Rio Waida, que dá sinais de possuir as ferramentas que um competidor ao mais alto nível necessita. Está ciente de que este é um processo dinâmico, onde cristalizar representa dar um passo atrás e perder o comboio da frente. Vencer não pode representar estagnação e deslumbramento, mas sim despoletar a fome de querer mais e mais. A evolução tem de ser permanente. "Vencendo ou perdendo, aprendo e melhoro todos os dias", assegura.

    Depois da passagem relâmpago pelo US Open of Surfing, o surfista indonésio já aponta aos desafios futuros. Esses passam em primeiro lugar por Portugal, com a etapa da Challenger Series na Ericeira, no início de outubro. "Agora é tempo de regressar a casa e preparar-me para o que resta do ano", explica. Até porque há um histórico apuramento para sentenciar. Rio, cá te esperamos em Ribeira d'Ilhas...

     

     

     

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