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O Rip Curl Pro Anglet terminou em festa para o surf feminino português com a vitória de Yolanda Hopkins nas ondas da Praia de Chambre d'Amour.

Yo cravou a nona vitória consecutiva (!) do surf luso no QS regional europeu feminino, a segunda da diplomada olímpica na presente época, resultado que vale a liderança do ranking continental após a perna francesa.

Este campeonato, o tal que no verão de 2021 não chegou ao fim por causa da falta de ondas, foi de sucesso para a campeã nacional Open de 2019 ao invés do que sucedeu com a atual campeã nacional e europeia.

Em Anglet, Teresa Bonvalot passou por aquela sensação que inevitavelmente acompanha a vida de um desportista de alta competição, mas que no QS europeu já não acontecia à surfista lusa há mais de uma volta ao sol.

Depois de quatro vitórias consecutivas neste circuito (Açores, Netanya, Caparica e Pantín), que constituiu um incrível domínio à escala europeia, Teresinha voltou a confrontar-se com o amargo sabor da derrota.

Após não ter marcado presença nas últimas duas provas, o mítico Boardmasters Open e o Lacanau Pro, a surfista de 22 anos competiu no Rip Curl Pro Anglet, evento onde caiu nos oitavos-de-final às mãos da basca Ariane Ochoa e da lusa Carolina Mendes. Foi por muito pouco é verdade, apenas 0,67 pontos, mas a verdade é que Bonvalot não evitou aquilo que havia experienciado pela última vez no já distante dia 3 de julho de 2021 em Pantín, na Galiza, quando perdeu de primeira no emblemático campeonato espanhol.

Desde esse dia até ao passado dia 24 de agosto, Teresa Bonvalot encetou uma notável série de 21 heats consecutivos sem conhecer a eliminação. Foram horas e horas invicta com a licra vestida. É obra!

Desses 21 heats, a surfista portuguesa saiu vencedora de um total de duas dezenas. A folha só não é totalmente limpa devido ao segundo posto obtido na bateria dos quartos-de-final do Pantín Pro. Aí, Yolanda Hopkins levou a melhor, surfista que curiosamente depois viria a perder a final para Teresa.

Um registo superlativo que chegou agora ao fim, afinal ninguém é invencível, mas que ajuda a explicar a hegemonia portuguesa neste circuito do Velho Continente e que naturalmente também é bastante elucidativo do domínio de Teresa Bonvalot sobre as rivais, todas em busca de um dia assegurarem vaga na divisão máxima do surf mundial.

Performances de excelência que a mesma transferiu brilhantemente para a Challenger Series com o histórico triunfo no Sydney Surf Pro, no passado mês de maio.

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