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WSL usou 'modelo olímpico' no Oi Rio Pro para apresentar os finalistas01 julho 2022

- No Maracaña do Surf, o método utilizado colocou um pouco mais de pimenta num caldeirão que já estava em erupção. Ainda por cima com a histórica final 100% brasileira no setor masculino.
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Depois das emoções fortes sobre quem sobrevivia ou não ao cut em Margaret River, esta segunda parte do Championship Tour (CT) de 2022 estava insonsa, apenas com um ou outro momento pontual de fazer levantar os fãs da cadeira.
Foi neste modo meio hibernado que a divisão máxima do surf mundial desembocou na Praia de Itaúna, lá em Saquarema, no país irmão. Sem ver os melhores surfistas do mundo desde 2019, pandemia obligé, o famoso Maracaña do Surf estava em pulgas para vibrar, saltar, gritar e rebentar até às costuras graças ao melhor surf do mundo.
Quem lá esteve, não saiu defraudado. O Oi Rio Prio 2022 foi mesmo um espetáculo! A todos os níveis. Durante aqueles dias de campeonato foi notória uma forte aposta da organização em mediatizar o evento ao máximo. Vender o produto para os quatros do mundo.
O objetivo era mostrar tudo o que ali aconteceu, dentro e fora de água. Perante tal aposta forte, os competidores não defraudaram com a licra vestida ou não fosse este um campeonato que teve duas notas máximas, entre outros momentos de enorme emoção.
Uma dos comportamentos adotado nesse sentido da mediatização, aconteceu no dias das finais.
Replicando o que já tínhamos visto durante a primeira prova olímpica de surf da história, em Tóquio'2020, tivemos os finalistas do Oi Rio Pro a terem direito a apresentação em terra. Um pró-forma que não é nada habitual nos campeonatos de surf.
Tradicionalmente, temos o tempo de paddle out, no qual o diretor de prova estabelece o tempo com que os surfistas do heat seguinte podem entrar dentro de água, onde estão em simultâneo com os da bateria que decorre naquele momento, mas, de preferência, sem atrapalhar.
Desta vez, não foi assim. Uma vez terminadas as meias-finais, a final feminina não arrancou logo a seguir. Provavelmente, muitos terão pensado que iria haver uma pequena pausa. Só que não.
Poucos minutos depois do fecho do último heat semifinalista, a havaiana Carissa Moore e a francesa Johanne Defay surgiram alinhadas na 'passerelle', erguida no areal da Praia de Itaúna, que durante o campeonato serviu para os surfistas passarem pelo meio da multidão. Isto enquanto entravam ou saiam para a água.
Só depois de serem apresentadas é que lá seguiram calmamente para dentro de água. O mesmo aconteceu com a final masculina, que opôs os brasileiros Filipe Toledo e Samuel Pupo.
O surf é uma modalidade que dado o seu enquadramento permite uma grande proximidade entre os fãs e os competidores. Tudo acontece num curto raio de ação. Porém, o momento dos surfistas estarem alinhados em terra antes do heat das decisões torna tudo ainda mais impactante. No Maracaña do Surf foi um pouco mais de pimenta num caldeirão que já estava em erupção.
A adrenalina dos competidores dispara até os píncaros, enquanto ouvem o seu nome apresentado pelo comentador de praia ao mesmo tempo que o pública vibra e dá aquele apoio extra. São minutos em que certamente surge aquele friozinho na barriga, cresce a ansiedade e toda uma vibe é gerada na praia até ao toque da buzina.
Excesso de mediatismo e algo que o surf não necessita, dirão alguns. Outros terão uma opinião contrária. Não sabemos se este modelo foi exclusivo da etapa brasileira do CT ou se virá a ser implementado noutras etapas, pelo menos naquelas em que tal é possível. Como nos nossos Supertubos... Tem a palavra a World Surf League.
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