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De Peniche a J-Bay, Tatiana Weston-Webb foi a primeira surfista a bisar no CT 202218 julho 2022

- O triunfo de Tati em J-Bay representou igualmente a primeira vitória de uma competidora brasileira naquela latitude, bem como de uma surfista goofy.
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À entrada e diga-se também à saída de Jeffreys Bay, o ranking mundial feminino é comandado pela vigente campeã mundial e olímpica, a havaiana Carissa Moore. Neste capítulo, tudo pode estar igual às últimas duas temporadas, mas a verdade é que ao longo das nove etapas realizadas, até ao momento, não tem faltado competitividade entre as melhores surfistas do planeta Terra.
Prova disso é o facto de que só no Corona Open J-Bay tivemos alguém a vencer pela segunda vez uma etapa na presente temporada. Para trás, ficou o incrível registo de oito vencedoras diferentes em outros tantos campeonatos disputados. Um cenário que já havia sido vivido em 2019.
Com várias surfistas a saborearem a vitória no Dream Tour desde o início da campanha, coube a Tatiana Weston-Webb colocar um ponto final nesta alucinante sequência. Depois do triunfo em Supertubos, Tati venceu nas longuíssimas e poderosas direitas de J-Bay, aplicando de forma exímia o seu surf de backside. Desde que compete a tempo inteiro no CT, esta é a primeira vez que a surfista de 26 anos consegue bisar numa temporada, num total de quatro vitórias já obtidas.
O triunfo de Weston-Webb em J-Bay representou igualmente a primeira vitória de uma competidora brasileira naquela latitude, bem como de uma surfista goofy. Até há poucos dias, ali reinavam as surfistas regulares originárias do Havai, Austrália e dos Estados Unidos da América.
Para alcançar o primeiro posto na histórica baía sul-africana, Tatiana teve um caminho de méritos ao dobrar outras três surfistas que já venceram em 2022: Tyler Wright, Carissa Moore e Brisa Hennessy.
Uma vitória que catapultou a vice-campeã do mundo em 2021 para o terceiro posto do ranking, estando provisoriamente em posição de apuramento para a finalíssima de Trestles, onde será discutido o título mundial.
De certa forma, esta foi uma vingança da desilusão em Saquarema. A competir diante do seu público, Tatiana foi eliminada nas meias-finais por Carissa Moore, que deitou por terra as esperanças do Brasil fazer uma inédita dobradinha num Maracaña do Surf em alvoroço e a rebentar pelas costuras.
"Em J-Bay, senti-me dentro do ritmo durante todo o tempo. Simplesmente diverti-me, o que talvez tenha sido diferenciador", referiu a competidora sul-americana. Apesar de já levar dois triunfos na bagagem, esta tem sido uma temporada marcada por altos e baixos, daí ter chegado à África do Sul fora do top cinco mundial. Com decisões tão importantes aí ao virar da esquina, este desempenho superlativo veio num momento crucial.
"Adoro surfar de backside. Muitos sabem disso. No entanto, já tinha passado algum tempo desde que tudo havia corrido de feição para o meu lado", não escondeu a goofy brasileira.
De seguida, vem a incursão pela pesada onda tubular de Teahupoo, que marca o regressa das senhoras à conhecida arena taitiana. Tatiana Weston-Webb sente-se um peixe dentro de água nessas condições, mas para já o foco ainda não está totalmente apontado para esse aliciante desafio. "Estou muito entusiasmada por poder surfar em Teahupoo. Contudo, para já quero apenas viver este momento."
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