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  • Sete etapas, sete vencedoras diferentes no CT 2022: repete-se a história de 2019 e 2021
    23 junho 2022
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  • Todas as bandeiras representadas a full-time no CT feminino já ganharam, mas nenhum nome conseguiu bisar. Ah e a atual líder do ranking mundial também ainda não triunfou.
  • Desde esta quinta-feira que o Championship Tour (CT) de 2022 mudou-se de armas e bagagens para o pedaço de areia que é conhecido como o Maracaña do Surf, a Praia de Itaúna, em Saquarema, Brasil.

    Este é o oitavo destino de um campeonato que começou no final de janeiro e já leva passagens por quatro continentes. Equilíbrio, imprevisibilidade e competitividade não têm faltado. A prova disso está plasmada no que tem vindo a acontecer no momento de coroar as surfistas vitoriosas no CT feminino.

    O ranking mundial pode ser liderado pela suspeita do costume Carissa Moore, que foi campeã mundial nas últimas duas campanhas (2019 e 2021). Quem não tem acompanhado de perto a evolução da época, olha para este facto e pode de imediato pensar que esta viagem tem vindo a ser um passeio no parque para Riss. 

    Porém, a verdade é que das sete etapas já realizadas, tivemos sete vencedoras diferentes e curiosamente nesse lote não pontifica o nome de Carissa Moore. Entre ondas tubulares, direitas, esquerdas, beack breaks e point breaks, ninguém conseguiu bisar até ao momento. Um registo impressionante, mas que não é novidade entre as melhores surfistas do mundo.

    A mesma história foi verificada em 2019, o último ano antes da chegada da pandemia, e 2021, o primeiro Mundial realizado debaixo de contexto pandémico. No ano em que a World Surf League (WSL) instituiu um novo modelo no que toca ao apuramento dos campeões mundiais, toda a temporada regular teve diferentes surfistas a gritar vitória. Já em 2019, ainda com a tradicional campanha corrida a pontos, a sequência de diferentes vencedoras só foi quebrada à nona das 10 etapas em agenda. A autora desse feito foi a então teenager Caroline Marks nos nossos Supertubos.

    Fazendo a resenha da matéria dada ao longo de 2022, existe um pouco de tudo no que toca às surfistas que já saíram da água em ombros. É um verdadeiro rodízio. Desde estreias as mais consagradas, passando pela inesquecível wildcard Moana, este tem sido um caldeirão explosivo e nós, os fãs, agradecemos. 

    Tudo começou com incrível triunfo da wildcard Moana Jones Wong em Pipeline. A havaiana deu uma masterclass na bancada que conhece como a palma da sua mão e escreveu uma das histórias mais bonitas em todo o presente CT. Um verdadeiro conto de fadas, que deixou as tops mundiais sem resposta.

    Depois, em Sunset Beach, outra surfista estreou-se a vencer na divisão máxima do surf mundial e também com direito a vestir a licra amarela. Ali, Brisa Hennessy começou a dar os primeiros passos para aquela que está a ser de longe a sua melhor temporada enquanto surfista do CT.

    Em Peniche, na Capital da Onda, mandou Tatiana Weston-Webb, ela que inicialmente nem sequer tinha a certeza se poderia estar presente, dada uma lesão contraída em Sunset. Viajou para Portugal, fez um campeonato irrepreensível e saiu-lhe o prémio máximo.

    Na perna australiana as surfistas daquele país fizeram prevalecer o fator casa e não deram hipóteses às forasteiras. A bicampeã mundial Tyler Wright tocou o sino em Bells Beach pela primeira vez na carreira. Na West Oz, assistiu-se a uma história com elevados contornos de dramatismo. Com o avançar do campeonato em Margaret River, a rookie Isabella Nichols sabia que tinha de sair vitoriosa do Main Break para permanecer no CT. Em modo sobrevivência, assim fez. Festa a triplicar. Escapou ao cut, garantiu a requalificação para o CT 2023 e a estreia a vencer no Mundial. 

    Mais recentemente, Johanne Defay voltou a ser feliz na Indonésia ao triunfar na fantástica onda de G-Land, enquanto em El Salvador foi a lendária Stephanie Gilmore que voltou a fazer um pouco mais de história. 'Happy Steph' será relembrada para toda a eternidade como a primeira vencedora de um CT naquele país da América Central.  

    Contas feitas, o quadro de honra é composto, até ao momento, por três australianas e uma representante do Havai, Brasil, França e Costa Rica. Todas as bandeiras representadas a full-time no CT feminino já ganharam.

    Numa altura em que o Oi Rio Pro dá os primeiros passos, este é mais um ingrediente extra para a prova brasileira. Será que vamos ter a repetição do ocorrido em 2019 com oito vencedoras diferentes em outras tantas etapas? Por sua vez, irá alguém romper com esta rotatividade e bisar? Aceitam-se apostas...

     

     

     

     

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