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  • O futuro do surf espanhol passou por Santa Cruz. Chama-se Kai Odriozola e é filho do criador da Wavegarden: 'Tento sempre fazer o mesmo''
    22 abril 2022
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  • Kai e Hans Odriziola estão a iniciar a viagem no sempre exigente circuito de qualificação da World Surf League. O ano passado, Hans mostrou-se em Pantín, agora foi a vez de Kai despontar nas ondas do Oeste português.
  • Já há algum tempo que o país vizinho não tem nenhum surfista a tempo inteiro na divisão máxima do surf mundial. Os anos vão passando e nada. É essa a realidade no presente, mas que a longo prazo poderá vir a ser alterada.

    Aos poucos, a nova geração do surf espanhol, excluindo aqueles que competem debaixo da bandeira basca, começa aqui e ali a despontar no sempre exigente circuito de qualificação da World Surf League (WSL).

    Um desses pontas-de-lança da nova vaga é o jovem Kai Odriozola. Com 16 anos, Kai tem desde logo uma curiosidade envolta de si. É um dos filhos do criador da Wavegarden, Josema Odriozola. Juntamente com o seu irmão Hans, dois anos mais novo, ambos estão a iniciar uma viagem no mundo do surf de competição, que naturalmente esperam que venha a desembocar no Championship Tour (CT).

    Em Portugal, estes dois irmãos podem ter ficado conhecidos do público mais atento ao surf através do projeto 'EDP Surf for Tomorrow', mas a verdade é que o apelido Odriozola começa paulatinamente a surgir nas fases mais adiantadas dos QS. O ano passado, Hans estreou-se no histórico QS de Pantín. Não obstante de ter pela frente surfistas bem mais experientes nestas andanças, o pequeno Hans não se fez de rogado e venceu o primeiro heat que fez no QS. A caminhada em Pantín viria a terminar num honroso 13º lugar.

    Agora, na decisiva perna portuguesa do QS regional europeu de 2021/2022, foi a vez de Kai Odriozola deixar indicadores auspiciosos para o futuro. Depois de não ter ido à Caparica por estar adoentado, Kai apareceu na máxima força no Santa Cruz Pro. Brilhou nas ondas do Oeste português ao mostrar um surf muito sólido em cada ida para a água. Replicou o 13º posto obtido pelo mano Hans em Pantín. No entanto, o mais impressionante deste bonito percurso foi o facto de ter vencido quatro heats consecutivos, sendo que dois desses triunfos foram obtidos com scores combinados superiores a 14,50 pts. 

    Só para termos uma noção do que andou a fazer Odriozola em Santa Cruz, os finalistas Lucas Silveira e Gatien Delahaye venceram em todo o campeonato o mesmo número de baterias. 

    Perante tal performance de luxo plasmada no mar de Santa Cruz, não perdemos a oportunidade de conversar com este jovem surfista, que é filho da grande referência mundial no que toca ao negócio das piscinas de ondas artificiais, mas dá espetáculo no mar de praia. 

    "Este foi um bom campeonato, pois em determinados momentos tivemos ondas boas. Não vinha com muitas expectativas, mas este foi um bom início de temporada para mim. Até a ronda 4, passei todos os heats em primeiro lugar. Nesta última bateria, ficou um certo amargo de boca. No entanto, estou muito contente por ter chegado até esta fase", disse o talentoso surfista espanhol.

    Enamorado da mítica onda dos Coxos, Kai Odriozola tem um importante elo de ligação ao nosso país e que também ajuda a explicar a evolução que tem vindo apresentar no seu surf. É treinado pelo antigo coach de Tiago Pires, o icónico José Seabra. "É muito bom treinador. Desde há um ano e pico que trabalho com ele e os resultados têm vindo a ser muito bons", confidencia.

    No Santa Cruz Pro, Odriozola fez apenas o segundo QS da carreira, mas esse é apenas um pequeno detalhe. "Não importa o escalão, tento sempre fazer o mesmo: apanhar boas ondas, anotar bons scores e não cair. A competir entre os seniores, sinceramente tenho pouca ou nenhuma pressão. Os outros surfistas é que estão pressionados, uma vez que está em jogo a qualificação para o circuito Challenger Series. Apenas participo nestes campeonatos para aprender e surfar o maior número possível de heats", explica.

    Nesta temporada, as atenções de Kai vão estar centradas maioritariamente no Pro Júnior europeu da WSL, tendo em vista o "apuramento para a final mundial". Em 2021, foi terceiro classificado do circuito continental, que foi conquistado pelo segundo ano consecutivo pelo seu amigo Adur Amatriain. Os dois fizeram a final em La Torche, França, com a vitória a cair para o competidor basco. "O Adur é o meu melhor amigo no surf. Tem estado a fazer campeonatos muito bons e acabou de conseguir a qualificação para a Challenger Series. Estou muito contente por ele."

     

     

     

     

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