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- Caso falhe o cut, Frederico vai ser obrigado a competir no circuito Challenger Series para tentar a requalificação para 2023.
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Frederico Morais está já a caminho de Margaret River, onde vai acontecer a quinta de 10 etapas do CT 2022. Uma prova que será de extrema importância, uma vez que antecede o novo cut do meio do ano, que servirá para cortar a elite mundial de 34 para 22 surfistas. Sem o lugar na segunda metade da temporada a salvo, Kikas vai tentar no Oeste australiano a despromoção ao circuito Challenger Series.
O surfista português precisa mesmo de pensar em grande, uma vez que ocupa atualmente o 25.º posto e está fora dos lugares de acesso à segunda metade da temporada, que, consequentemente, também garantem qualificação automática para o circuito de 2023. Frederico está a pouco mais de 1400 pontos de entrar no cut, mas caso não o consiga fazer terá a possibilidade de tentar a requalificação pelo circuito secundário, que arranca já em maio.
De cabeça e fazendo contas por cima, é simples dizer que a Frederico Morais basta chegar aos quartos-de-final, ou seja, carimbar um 5.º lugar na etapa da West Oz, para conseguir fugir ao cut. Na realidade, essa possibilidade parece ser matematicamente possível. Contudo, não é garantido que, mesmo chegando aos quartos-de-final, Kikas garanta a continuidade no Tour, pois há muitos outros fatores em jogo.
Um pormenor importante para estas contas e que muitos podem não ter reparado é que apenas os quatro melhores resultados contam para o cut, ou seja, todos os surfistas podem descartar o pior resultado obtido. Com nove lugares ainda em jogo do lado masculino e com 13 surfistas já garantidos, há 20 surfistas ainda em jogo na luta pela continuidade no Tour.
Eis todas as contas e também os critérios de desempate, pois em cima da mesa está uma grande possibilidade de vários surfistas terminarem empatados mesmo nos lugares que definem o cut.
- Jordy Smith e Kolohe Andino são os que estão mais longe do cut e, por consequência, mais perto de garantir a continuidade. A partir do momento que Jordy Smith e Kolohe cheguem aos quartos-de-final, Kikas já não os consegue ultrapassar.
- Para Frederico passar ambos precisa de chegar à final e esperar que estes não avancem mais que a ronda 3. Caso cheguem aos oitavos-de-final, Frederico já teria de vencer o evento para superá-los.
- Seguem-se no ranking Nat Young e Connor O’Leary, também eles empatados. Caso cheguem às meias-finais, Kikas já não os consegue ultrapassar.
- Para Frederico passar ambos precisa de chegar às meias-finais e esperar que estes não superem a ronda 3, ou chegar à final e esperar que estes não cheguem aos quartos-de-final.
- A seguir vai mais uma dupla empatada, com Jake Marshall e Samuel Pupo. A partir do momento que os dois rookies cheguem à final, Kikas já não os consegue ultrapassar.
- Para Frederico passar este lote de surfistas precisa de chegar às meias-finais e esperar que ambos não passem a ronda 3, ou chegar aos quartos-de-final e esperar que ambos não passem da ronda 3, fazendo depois melhor no desempate; Caso ambos avancem para a ronda 4, Kikas vai precisar de chegar à final. E se chegarem aos quartos-de-final ou meias-finais, Kikas vai precisar de vencer o evento.
- A seguir vem um grupo maior. A partir do momento que Jackson Baker, Zeke Lau, Lucca Mesinas, Conner Coffin e Owen Wright vençam a etapa, Kikas já não os consegue apanhar. (A parte positiva destas contas é que só um surfista pode vencer o evento).
- Para Frederico passar este lote de surfistas terá de chegar à ronda 4 e esperar que fiquem pela ronda 3, sendo que com Baker ainda dá empate. A partir daí terá sempre de chegar uma ronda mais longe que estes adversários para ficar à sua frente.
- Estas contas, são em relação aos surfistas que surgem à frente de Frederico no ranking, sendo que para garantir a qualificação, o português sabe que tem de ultrapassar, pelo menos, três surfistas no ranking, não se deixando ultrapassar por ninguém.
- Em relação aos que estão piores ou iguais no ranking, eis os requisitos para ultrapassaram o português.
- Leo Fioravanti e João Chianca precisam de chegar mais longe que Kikas para superá-lo no ranking, caso contrário continuam empatados;
- O mesmo sucede com Morgan Cibilic, Jadson Andre, Deivid Silva e Imaikalani Devault, que, apesar de terem atualmente menor pontuação, assim que tirarem o descarte (265 pontos no caso de todos eles) ficam em igualdade pontual com Kikas – 5980 pontos, já sem descarte.
- Caso haja empate entre surfistas no cut, o livro de regras explica que o desempate será feito através do melhor resultado da temporada. Algo que neste caso concreto será igual para todos, caso terminem empatados. Ora, o segundo critério de desempate será o número de heats vencidos, sem contar com as rondas de eliminação (ronda 2). Caso o empate se mantenha, a vantagem será do surfista com melhor média de scores.
- Acresce ainda a esta lista os dados de Owen Wright, Conner Coffin, Lucca Mesinas e Zeke Lau. Isto porque se Frederico e algum dos restantes seis surfistas chegarem aos quartos-de-final e estes quatro cederam na ronda 4, terminam todos empatados.
- O mesmo para Samuel Pupo e Jake Marshall, caso estes não passem da ronda 3 e Kikas e alguns dos restantes cheguem aos quartos-de-final.
- Ora, com nove vagas ainda em jogo, só aqui falamos num conjunto de treze surfistas, incluindo Kikas, que podem terminar empatados e criar um imbróglio ainda maior nas contas.
- Eis os registos até ao momento para o segundo e terceiro critério de desempate;
Samuel Pupo – 5 vitórias e 11,20 de média de score;
Jake Marshall - 4 vitórias e 9,22 de média de score;
Zeke Lau - 3 vitórias e 11,39 de média de score;
Lucca Mesinas - 2 vitórias e 9,06 de média de score;
Owen Wright - 5 vitórias e 10,99 de média de score;
Conner Coffin - 2 vitórias e 9,59 de média de score;
Leo Fioravanti - 3 vitórias e 10,26 de média de score;
João Chianca - 3 vitórias e 14,16 de média de score;
Morgan Cibilic - 1 vitória e 9,18 de média de score;
Jadson Andre - 2 vitórias e 10,53 de média de score;
Deivid Silva - 2 vitórias e 8,95 de média de score;
Imaikalani deVault - 2 vitórias e 10,54 de média de score;
Frederico Morais - 2 vitórias e 9,93 de média de score;- Caso exista necessidade de desempate, Owen Wright e Samuel Pupo são quem surge, para já e faltando ainda as prestações em Maraget River, com maior número de triunfos. Em relação à média de scores é o brasileiro João Chianca quem surge melhor. Já Frederico não apresenta uma boa relação em ambos os fatores, embora tenha ainda uma palavra a dizer em Margaret quanto a estas contas.
- Por fim, vêm os surfistas em situação mais delicada. O suplente sul-africano Matthew McGillivray precisa de avançar mais uma ronda que Kikas para superá-lo no ranking;
- Mais abaixo, na cauda da tabela, temos Ryan Callinan, que terá sempre de avançar mais duas rondas do que Kikas no evento para superar a pontuação do português. A única exceção é em caso de vitória, pois passaria para a frente, mesmo que Kikas fosse à final. Mas isso seria um bom sinal, pois nesse caso Kikas também estaria tranquilamente qualificado.
Resumindo estas contas e perante todos estes cenários, chegar à ronda 4 (oitavos-de-final) melhora a pontuação de Frederico Morais, mas não serve para entrar no cut. Só se praticamente todos os concorrentes diretos caíssem na ronda 2 e 3 e Kikas vencesse o heat da ronda inaugural para juntar ao triunfo na ronda 3, melhorando ainda o seu score médio. Altamente improvável toda esta conjugação.
Chegar aos quartos-de-final poderá ser suficiente em termos matemáticos para entrar no cut, uma vez que o surfista português faria 10725 pontos – mais 1990 pontos do que o cut atual. Contudo, em termos práticos, com tantos surfistas em situação de empate técnico e com mais outras sete vagas nessa fase da prova, mesmo esse resultado poderá não chegar, pois teria que torcer para que apenas dois, no máximo, dos surfistas em situação de potencial empate chegassem também a essa fase, e que os que estão nos lugares imediatamente a seguir ao cut não avancem mais que a ronda 3 ou 4, dependendo do caso. Cenário matematicamente possível, mas realisticamente improvável, pois fica muito dependente de resultados de terceiros.
Exemplo hipotético desta situação:
Frederico Morais termina no 5.º posto (quartos-de-final), Jordy e Kolohe chegam à ronda 3 ou até podem perder na ronda 2, Nat Young e Connor O'Leary ficam-se pela ronda 3, Samuel Pupo e Jake Marshall chegam à ronda 4 (oitavos-de-final). Estamos já a falar de seis vagas preenchidas em nove. Caso Jackson Baker, Zeke Lau e Owen Wright, por exemplo, cheguem aos quartos-de-final, Kikas estaria fora.
Dessa forma, neste momento, o único resultado que livra Kikas da calculadora e lhe dá automaticamente a garantia de continuar no Tour na segunda metade da temporada, sem precisar de terceiros, será chegar às meias-finais em Margaret River. Nesse caso faria 12065 pontos e deixaria para trás grande parte da concorrência mais direta, uma vez que só quatro surfistas – e ele seria um desses quatro - podem chegar a essa fase. É este o requisito mais fiável para a continuidade de Frederico Morais no CT 2022.
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