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  • Vitória de Moana Wong em mais um dia histórico em Pipeline
    06 fevereiro 2022
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  • Triunfo valeu a liderança do ranking e o wildcard para competir em Sunset.
  • Com apenas 22 anos, Moana Jones Wong fez história ao alcançar, este domingo, o triunfo na prova feminina do Billabong Pro Pipeline, a etapa inaugural do circuito mundial de 2022. A surfista havaiana aproveitou da melhor forma a oportunidade concedida para enfrentar as melhores surfistas do Mundo e tornou-se na primeira vencedora de uma prova feminina disputada na totalidade em Pipeline, além de ter sido a primeira wildcard a vencer uma etapa em mais de uma década.

    Considerada pelos surfistas locais como a “Rainha de Pipeline”, Moana mostrou todos os seus créditos na bancada mais temida do planeta. Depois de no sábado Kelly Slater ter feito história na prova havaiana, ao vencer a etapa pela oitava vez, a apenas seis dias de completar 50 anos, desta vez foi a juventude a levar a melhor. Ainda assim, apesar da tenra idade, poucas surfistas têm tanta experiência em Pipeline como Moana Wong.

    Com a organização a ter optado por esperar mais um dia devido ao tamanho do mar, ao invés de colocar as mulheres na água ontem, juntamente aos homens, Moana começou cedo a mostrar estar num patamar à parte da concorrência. A jovem surfista local apresentou uma leitura de onda de alto nível e apresentou-se certeira nos momentos decisivos, raramente falhando a saída de um tubo.

    No primeiro heat do dia, Moana teve pela frente a australiana Tyler Wright. Apesar de ter conseguido fazer a onda do dia, com um tubo incrível para Backdoor, pontuado em 8,83. Contudo, a antiga bicampeã mundial e vencedora no ano passado em Pipeline, numa etapa que tinha começado em Honolua Bay, sendo depois transferida devido a um ataque de tubarão, não conseguiu encontrar uma segunda onda e viu a jovem wildcard vencer com base na consistência, graça aos 14 pontos somados.

    Seguiram-se mais de 30 minutos de muita paciência e pouca ação, com ondas a quebrarem bem grandes e com Carissa Moore e Lakey Peterson a conseguirem estar poucas vezes no sítio certo. Ainda assim, a campeã mundial em título aproveitou a experiência que tem do pico para ir somando alguns pontos que lhe renderam um triunfo de 7,84 contra 1,26. A vitória de Carissa confirmava a final mais aguardada, com duas havaianas na água.

    Quando tudo parecia destinado a uma final muito equilibrada, eis que Moana Wong entrou com tudo e dominou o heat decisivo do início ao fim. Com um go for it inacreditável e sempre de sorriso no rosto, Moana foi concluindo tubo atrás de tubo, aumentando o score a cada onda que surfava, enquanto Carissa assistia a tudo algo perdida no heat. A super performance da wildcard havaiana fechou com a melhor nota da final, graças a um tubo de 7,67 pontos, que lhe rendeu um score de 14,34. Um desfecho que deixou a campeã mundial em combinação, com apenas 3,73 pontos.

    “Isto é um sonho e não acredito que esteja a acontecer neste momento”, começou por dizer Moana Wong, após o histórico triunfo. “Este é o maior momento da minha vida e nunca pensei que fosse conseguir alcançá-lo. A Carissa Moore é a minha surfista favorita e a minha heroína. Sempre quis fazer uma final em Pipe contra ela. Isto é surreal e mal posso acreditar no que acabou de acontecer”, explicou uma emocionada Moana, que no final de 2021 já tinha vencido uma etapa do circuito QS nesta mesma onda.

    Um triunfo histórico, em mais um dia incrível em Pipeline. Uma exibição que só surpreende os menos atentos, pois há muito tempo que Moana Jones Wong se tem afirmado como a maior surfista de Pipeline. A consequência imediata deste sucesso é a liderança do ranking mundial, mesmo não fazendo parte do circuito. Dessa forma, a WSL já lhe garantiu novo wildcard para a próxima etapa, que arranca para a semana em Sunset Beach, novamente no Havai.

    Quando voltar a enfrentar a elite mundial na onda Sunset, uma das novidades do circuito para 2022, Moana Wong vai vestir-se de amarelo, como mandam as regras em relação aos primeiros do ranking. E mesmo que não a consiga segurar, a verdade é que o feito conseguido hoje na arena das arenas do surf mundial, justificava que lhe concedessem já antecipadamente um convite para a etapa de Teahupoo, no Taiti, e também G- Land, na Indonésia, onde os tubos vão ser novamente o prato forte.

     

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