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  • Déjà vu! Lucas Chianca renova título no Nazaré Tow Surfing Challenge
    10 fevereiro 2022
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  • Nic von Rupp terminou no 4.º posto da geral e venceu com Chumbo o prémio para a melhor equipa.
  • Tubos gigantes. Wipeouts impressionantes. Aéreos. Resgates dramáticos. E lesões logo a abrir. A edição de 2021/22 do TUDOR Nazaré Tow Surfing Challenge, realizada esta quinta-feira em ondas na casa dos 15 metros, ofereceu de tudo um pouco. No final, o brasileiro Lucas Chianca voltou a bater a concorrência. Qual déjà vu, “Chumbo” esteve imparável e dominou as ondas da Praia do Norte ao longo da manhã e início de tarde, mostrando estar um nível acima da concorrência, sobretudo ao aplicar o seu surf progressivo nas montanhas de água que abrilhantaram a jornada.

    Foi o segundo triunfo do talentoso surfista, de 26 anos, em cerca de 2 meses na Nazaré, depois de, no passado mês de dezembro, já ter vencido a edição correspondente à temporada 2020/21, que não se tinha realizado devido às implicações causadas pela pandemia. Contudo, desta vez, Chianca teve a ajuda portuguesa para chegar ao êxito. O big rider brasileiro fez dupla com Nic von Rupp – com Lourenço Katzentsein também na equipa de resgate - e levaram para casa o troféu para melhor equipa.

    Com Kai Lenny ausente por ter sido convidado para participar na segunda etapa do CT 2022, em Sunset Beach, no Havai, e com o brasileiro Pedro Scooby indisponível por se encontrar a participar num reality show no seu país, Chumbo e Nicolau juntaram sinergias para dominarem o evento do início ao fim. Com Nic von Rupp a rebocar, o surfista brasileiro começou o dia com a melhor onda de todo o evento, depois de ter passado pela entrada de um tubo gigantesco e de ainda ter conseguido rasgar a onda perto de uma secção final monstruosa, que o acabou por engolir. Com os juízes a darem 8,33 pontos, que dobraram, Chumbo ficou logo aí bem lançado para o triunfo.

    Mas antes do momento do dia em termos de espetáculo, já a manhã tinha oferecido drama em doses altas. Tal como há dois meses. Desta vez, foi Justine Dupont a azarada. Na primeira onda do dia, a surfista francesa, a maior big rider da atualidade no panorama feminino, acabou por cair e ficar com muitas queixas. A calma que Justine aparentava durante o resgate, nem parecia que tinha acabado de partir o pé direito, depois de ter ficado preso nos straps durante a queda. A francesa acabou por ser transportada para o hospital. Um acidente que, por consequência, tirou de prova o jovem português António Laureano, uma vez que ficou sem o seu par para o que restava da prova – praticamente tudo!

    Com Lucas Chianca a roubar o show os adversários ficaram com a tarefa ainda mais complicada e o que se seguiu foram muitos wipeouts impressionantes. Um deles a cargo do português António Silva, que foi apanhado pelo lip da onda e projetado em queda livre por uma montanha de água abaixo. Seguiu-se um resgate in extremis, com o surfista a ficar pelo caminho uma primeira vez. Este foi um cenário visto algumas vezes ao longo do dia. Mais até do que scores altos. Aí o australiano Jamie Mitchell foi um dos que mais se destacou, com duas ondas na casa dos 6 pontos durante o heat 3. A par de Chumbo e Mitchell, o britânico Andrew Cotton foi o outro surfista que conseguiu superar a barreira dos 5 pontos numa onda.

    No começo da segunda rodada de heats, Chianca voltou a estar em grande destaque, desta vez a ir para o ar. Ainda que sem grande efetividade em termos pontuais, o surfista brasileiro mostrou todo o surf progressivo que consegue impor nas ondas gigantes nazarenas e que também são características do parceiro ausente, Kai Lenny. No final, feitas as contas, Chumbo somou 21,06 pontos, num máximo de 30, deixando Jaime Mitchell no 2.º posto, com 19,66 pontos e também com o prémio Santa Casa para o surfista mais comprometido do campeonato. Cotton fechou o pódio com um total de 18,50 pontos, enquanto os restantes surfistas ficaram num campeonato à parte.

    O melhor português em prova foi Nic von Rupp, com o 4.º posto geral, mais o prémio de melhor equipa. Nicolau somou 14,30 pontos e superou por muito poucos os franceses Pierre Caley e Eric Rebiere. João de Macedo terminou no 9.º posto, com 12,17 pontos. Um lugar à frente da brasileira Maya Gabeira, que aproveitou a lesão de Justine Dupont para vencer a melhor performance feminina, com 11,71 pontos. Já António Silva quedou-se no 14.º posto entre os 16 surfistas em prova, com um total de 7,67 pontos. Tony Laureano, infelizmente, não chegou a estrear-se sem ser a rebocar Justine para a onda que acabaria por atirá-la para o hospital.

    No final a festa foi brasileira. Mais uma vez. Após a consagração, Chumbou mostrou-se muito agradado pela dupla que formou com Nicolau, falando num match perfeito. “Estamos muito felizes”, começou por dizer Lucas Chianca. “Tivemos uma conexão especial. Estamos sempre à procura das mesmas ondas e é por isso que penso que tivemos essa ligação perfeita”, frisou. Já Nic von Rupp revelou que já esperava por esta oportunidade de competir com o big rider brasileiro há algum tempo. “Foi uma grande oportunidade. Este tipo é aquele que nos faz puxar os nossos limites e também os deles, por isso foi um prazer competir com ele”, afirmou.

     

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