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  • Os caminhos de Medina e John John voltam a separar-se. Uma tendência dos últimos anos
    25 janeiro 2022
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  • Desde o equador da temporada de 2018 até ao ano passado, há uma grande fatia de eventos da divisão máxima do surf mundial no qual estes dois consagrados não coincidiram. A responsabilidade foi exclusiva de Florence, mas agora vai ser de Gabriel.
  • Gabriel Medina. John John Florence. Dois surfistas de elite, daqueles que marcam uma era. Quis o destino que fossem contemporâneos. Um é proveniente do Brasil, o outro é originário do Havai. Ambos, estão perto de tornarem-se trintões. Gabriel tem 28 anos, enquanto John John já contabiliza 29 primaveras. 

    De 2014 para cá, este duo conquistou cinco dos sete títulos mundiais que estiveram em jogo. Medina levantou o caneco em 2014 (primeiro campeão brasileiro da história), 2018 e 2021 ao passo que Florence proclamou-se campeão mundial de surf em 2016 e 2017, sendo o último surfista a conseguir defender com sucesso a coroa arrecadada na época anterior. Em conjunto, somam 25 vitórias no Dream Tour (17 para Gabriel e 8 para John John).

    Nesta alternância de trono do surf mundial, apenas os brasileiros Adriano de Souza e Ítalo Ferreira conseguiram intrometer-se com as conquistas de 2015 e 2019. Efeitos da muito badalada 'Brazilian Storm' (tempestade brasileira).

    Gabriel Medina e John John Florence têm vindo a palmilhar um caminho de sucesso, marcado por performances estratosféricas, que têm vindo a catapultar o surf de competição para um nível acima. De um lado, o competidor implacável que é Gabe e do outro John John, o menino que sempre teve o jardim lá de casa em Pipe e que representa uma visão mais romântica no universo do surf de competição. 

    Estilos à parte, uma certa tendência tem vindo a marcar o percurso estes dois fenómenos do surf mundial. Desde o equador da temporada de 2018 até ao ano passado, há uma grande fatia de eventos da divisão máxima do surf mundial no qual não coincidiram. 10 presenças em simultâneo num total de 24 etapas realizadas e não contando com a finalíssima de Trestles, onde só o surfista brasileiro disse presente. Pelo meio, coincidiram nas Olimpíadas de Tóquio'2020 em que desempenharam papeis bem distintos. 

    Em termos de CT, a causa desta disparidade em termos de simultâneos Medina e Florence prende-se com os constantes problemas físicos que o surfista havaiano tem vindo a atravessar, o que levou a falhar um total de 14 etapas desde 2018 até 2021. Daqui em diante, o ónus desta "separação" é pela primeira vez da responsabilidade Gabriel Medina. Isto devido ao anúncio de que pelo menos vai falhar as duas primeiras etapas do CT 2022, que vão ser realizadas em Pipeline e Sunset Beach, no Havai.

    E se Gabe prolongar este hiato e John John voltar a ser atraiçoado pelas lesões até podemos desembocar numa realidade em que nenhum dois estará em prova. 

    A verdade é os caminhos destes super surfistas separam-se, mais uma vez. Tudo isto são voltas da vida, mas que entristecem os fãs do surf ao redor do globo. Ávidos por ver uma luta taco a taco all season long entre estes dois predestinados, sem espaço para lesões ou outras questões que podem influenciar o rendimento de um ser humano em cima de uma prancha de surf.

    Este soco no estômago por causa do anúncio de Medina surge numa altura em que o atleta brasileiro aparentava estar no topo das suas faculdades. Ao mesmo tempo, o recuperado John John vem a limpar sem mácula tudo o que é campeonato no North Shore de Oahu. Primeiro o Haleiwa Challenger, depois o Pipe Pro e muito recentemente a emblemática Triple Crown havaiana, disputada novamente em formato digital.

    Por isso, a ansiedade era muita para este início de época no Billabong Pro Pipeline. Precisamente a arena onde nas últimas duas edições deste emblemático campeonato, Gabriel Medina e John John Florence mediram forças. Foram os dois últimos duelos de um histórico que em man-on-man é favorável 6-5 ao surfista sul-americano. 

    Em 2019, o triunfo sorriu a Gabriel, enquanto há pouco mais de um ano foi a vez de John John levar a melhor numa final para a história do Pipe Masters. De virada, o bicampeão mundial superou Medina tornando-se Pipe Master pela primeira vez na vida, depois de tanto insistir e persistir. 

    Portanto, havia aqui uma assinatura pendente, um tempero especial para o que irá ser servido muito em breve na onda rainha do surf mundial. A onda e os tubos incríveis vão estar lá, os surfistas também e a vida vai continuar. No entanto, neste capítulo especial tudo vai continuar em suspenso nos próximos tempos. 

     

     

     

     

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