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  • Djokovic e o aviso para a continuidade de Kelly Slater no Tour
    05 janeiro 2022
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  • Ao falhar duas etapas em cinco, KS fica em sério risco de não entrar no cut para a segunda metade do ano.
  • O Mundo do desporto está em polvorosa com a polémica vivida nos últimos dias em torno de Novak Djokovic, número um mundial do ténis. Isto depois de ter sido concedido um visto especial para o tenista sérvio poder jogar o primeiro Grand Slam da temporada, na Austrália, sendo ele declaradamente anti-vacina Covid-19. Contudo, de pouco lhe valeu esse estatuto especial, pois as autoridades australianas acabaram por impedi-lo de entrar no país. Ora, o que isto tem que ver com surf? É um sinal claro daquilo que se poderá passar dentro de alguns meses com Kelly Slater.

    O 11 vezes campeão mundial é um dos mais acérrimos defensores da não vacinação, tendo inclusivamente já sido notícia por todos os meios australianos depois de uma discussão online com uma estrela de triatlo australiana. O facto de não ser vacinado faz com que seja praticamente impossível que KS esteja presentes nas duas etapas australianas da temporada de 2022.

    A dias de cumprir 50 anos, naquele que seria um marco na sua carreira, Slater, que já no ano passado falhou a perna australiana, então composta por quatro etapas e com quarentena obrigatória à chegada ao país, pode ter pela frente um grande revés. Até porque inicialmente, a exceção concedida a Djokovic poderia dar alguma esperança a Slater, visto este também ser uma estrela dentro da sua modalidade.

    Contudo, a forma veemente como as autoridades australianas lidaram com o caso de Djokovic, ordenado mesmo a saída deste do país, mostram que há poucas esperanças para exceções. E Slater nem era o único caso de surfistas não vacinados. Resta saber se esses casos, como Medina, por exemplo, entretanto já se vacinaram ou se estarão em risco de competir na Austrália.

    A verdade é que na temporada de 2022, onde o Tour vai ter novo formato, falhar a perna australiana pode ter grandes consequências. Depois das duas etapas havaianas e da portuguesa, o circuito vai para a Oz em abril, primeiro em Bells Beach e depois em Margaret River, já em maio. E será após essa etapa que será feito o cut, onde só o top 24 masculino e o top 12 feminino seguem para as cinco etapas restantes da fase regular, já apurados para o Tour de 2023 e na luta por um lugar na finalíssima, enquanto os restantes vão tentar a requalificação nas Challenger Series, que começam dias depois.

    Resumindo, quem em cinco etapas falhar duas, dificilmente terá hipóteses reais de entrar nesse cut. Essa é uma possibilidade cada vez mais real para Slater, que teria de conseguir um resultado forte em Pipeline, Sunset e Peniche de forma a poder depois seguir em prova para etapas como G-Land ou Teahupoo, onde Slater certamente gostaria de estar presente, até por poder ser esta a última temporada da carreira.

    Para já são tudo cenários hipotéticos e vamos ver como tudo decorre até a ação começar. Isto porque mais países podem seguir o exemplo da Austrália. Também há a possibilidade de os australianos cederem nestas exigências. Algo que parece tão provável como Kelly Slater aceitar vacinar-se.

    A favor de KS está ainda a história recente, depois de no ano passado se ter conseguido requalificar, mesmo só estando presente em três das sete etapas. Um 3.º lugar em Pipe, um 5.º no Surf Ranch e um 9.º no México chegaram para as contas. Acontecerá o mesmo este ano?

     

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