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- Experiente surfista taitiano garante que se conseguir o wildcard para os Jogos, deixa automaticamente de competir para ficar em casa e surfar Teahupoo todos os dias…
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O taitiano Michel Bourez foi uma das grandes baixas provocada pela reformulação dos circuitos na WSL. Fora do cut no CT de 2021, depois de uma temporada marcada por algumas lesões, o experiente surfista que compete pelas cores francesas esteve perto de se requalificar pelo novo circuito Challenger Series, mas também aí falhou a qualificação. Dessa forma, o circuito despede-se de um dos surfistas que há mais tempo estava na elite. Nada que mexa muito com Michel Bourez, que admite prolongar a carreira até 2024, apenas por desejar estar presente nos Jogos Olímpicos de Paris, com a prova de surf a realizar-se no seu “quintal”, em Teahupoo.
Numa recente entrevista ao portal da Federação Francesa de Surf, o Espartano, como é conhecido, reconheceu que a saída do CT não teve um grande impacto a nível mental, uma vez que se não fosse o desejo de marcar presença nas Olimpíadas, depois de já ter estado este verão nas de Tóquio, e iria terminar a carreira para se dedicar à família. Michel vai ainda mais longe ao admitir que se soubesse que teria o wildcard para os Jogos de Paris, deixava automaticamente de competir e ia apenas surfar em Teahupoo até 2024.
Bourez justificou o falhanço Em Haleiwa, onde perdeu de primeira, com a escolha de ondas errada, negando sentir qualquer tipo de pressão. “Eu queria manter-me no CT, mas não tive sucesso. Faz parte da competição. Tinha de fazer o meu trabalho e não o fiz, nem no CT nem nas Challenger Series. Mas o mais importante é que a minha família esteja bem e com saúde. Foi uma temporada complicada, depois da pausa em 2020, o Covid, passar quatro meses na Austrália e ainda as lesões no pescoço e no joelho. Foi muito difícil”, reconheceu.
“Estava preparado para não continuar no CT. Tinha-me preparado para todos os cenários. Não vou mentir a ninguém, nem a mim mesmo, e dizer que queria muito continuar no CT, quando o meu objetivo é só os Jogos Olímpicos de 2024. Não desejo mais estar a viajar o ano inteiro pelos quatro cantos do Mundo. Prefiro estar em casa com a minha família e surfar ondas perfeitas com os meus amigos. A família de surfista é difícil e ficar no topo tanto tempo implica muitos sacrifícios, especialmente quanto tens família e filhos. É preciso dizê-lo”, confessou Michel Bourez.
Depois de entrar na elite mundial em 2008 e de ter chegado a lutar pelo título mundial em 2014, ano em que venceu duas etapas e terminou no top 5 mundial, Bourez garante que o foco agora já está somente nas Olimpíadas francesas. “O mais importante para mim, agora, é a qualificação para Paris’2024. Assim que saírem os critérios de qualificação vou ver como me vou preparar para fazê-la. Seria bom a ISA e o COI apressarem-se em comunicar esses critérios. Ou então podem dar-me um wildcard para eu ficar em casa até lá a surfar Teahupoo todos os dias”, brincou.
“Não sei como vai ser, mas sei que é mais fácil um surfista qualificar-se para o CT do que conseguir manter-se lá. Se ficar a saber que o CT de 2023 é prioritário para chegar aos Jogos Olímpicos, e que esse caminho passa pelo QS, então eu vou fazer o QS no próximo ano e as Challenger Series. Por isso, não me ter mantido no CT para 2022 não é assim tão grave, pois o que vai interessar em termos de qualificação olímpica é o de 2023”, vincou Michel.
Bourez admite que se tiver de fazer novamente o QS ainda não escolheu se optará pela zona europeia ou pela região Havai/Taiti, que fica bem mais perto de casa. Sobre os outros surfistas mais experientes que deixar o Tour, o surfista taitiano garante que percebe as decisões de nomes como Julian Wilson, Adriano de Souza ou do amigo e vizinho Jeremy Flores.
“Claro que quando vejo esses nomes a saírem faz com que paremos para pensar. Curiosamente, eles saem depois de um ano marcado pela pausa e pelas restrições da Covid. A situação ainda não está resolvida e viajar atualmente ainda é um processo muito complicado. Provavelmente, eles fizeram a decisão certa, porque não há melhor coisa que ficar em casa, e respeito-os nisso. Espero que eles não se arrependam. Mas eu estou ciente que quero acabar a carreira nos Jogos Olímpicos de 2024”, rematou.
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