Homepage

  • As alucinantes 48 horas de Kai Lenny: de enfrentar o Canhão da Nazaré a surfar em Pipeline
    17 dezembro 2021
    arrow
  • Qual avião Concorde! Mais de 12 mil quilómetros de distância separam as duas latitudes, mas para o big rider havaiano isso não representou entrave nenhum. Haja vontade, dedicação e muita paixão pela modalidade na qual ganha a vida.
  • Há duas coisas que Kai Lenny fez nos últimos dias, particularmente entre segunda e quarta-feira. Surfar muito e descansar pouco. Passamos então a explicar.

    O facto de estarmos completamente mergulhados num mundo pandémico tem vindo a colocar algumas restrições em termos de mobilidade entre países, ainda por cima quando a coisa mete a travessia de continentes, mas essa questão fronteiriça não constituiu barreira ao conhecido waterman havaiano, tal é a paixão pela modalidade na qual ganha a vida. 

    Na passada semana, com o call dado pela World Surf League (WSL) para a realização da segunda edição do Nazaré Tow Surfing Challenge, Kai teve de rapidamente preparar as pranchas, fazer as malas e abalar do seu querido Havai. Voou em direção a uma das catedrais do surf de ondas grandes. A nossa Nazaré. Uma viagem que, segundo o próprio, é sempre uma grande aventura, dado o caráter repentino que está sempre associado quando é para uma competição. 

    Com o nevoeiro cerrado de domingo, a realização deste evento de tow-in passou para segunda-feira última. Nesse dia, com o seu surf progressivo nas gigantes ondas nazarenas, Lenny deu espetáculo, como sempre. Mais heats houvesse, conforme fez saber. Já aos comandos da moto de água, o havaiano foi igualmente peça fundamental ao colocar Lucas Chumbo nas melhores bombas do jornada, ajudando o seu colega de equipa a vencer dois dos quatro prémios em jogo, um deles coletivo, que esta dupla conquistou pela segunda vez consecutiva. 

    Saboreado de forma efusiva o champanhe da vitória, em pleno Porto de Abrigo da Nazaré, Kai Lenny nem sequer teve tempo para recuperar o fôlego a 100%. É que terminada a incursão pela Praia do Norte, chegou a hora de voltar a empacotar as pranchas, o wax e demais acessórios. Destino, o Havai. Para competir num QS1000 (!).

    Pode parecer estranho como é que alguém que faz carreira no surf de ondas grandes, viaja assim de volta a casa para participar num campeonato de surf convencional com tão baixo estatuto. Porém, a verdade é que este não é um evento qualquer. Trata-se de uma prova que realiza-se na onda rainha do surf mundial, Pipeline, na mítica janela de espera (8 a 20 de dezembro) da etapa do Championship Tour (CT), entretanto transferida para o final de janeiro/início de fevereiro.

    Qual avião supersónico Concorde! Na última quarta-feira, pouco mais de 48 horas depois de fazer coisas bonitas nas temidas montanhas de água da Praia do Norte, o surfista de 29 anos aterrou em Honolulu, carregando na mochila uma viagem com mais de 12 mil quilómetros. 

    Sem perder tempo, saiu do aeroporto e seguiu viagem para o North Shore da ilha de Oahu, meteu o pé na areia, vestiu a licra de competição e atirou-se ao mar para fazer das suas na temida bancada de Pipe. Foi já bem perto do seu heat, o 13º da ronda 1, que Kai chegou aquele local paradisíaco e respirou fundo.

    Não obstante os efeitos de inevitável jet lag, Kai Lenny aguentou-se bem e não perdeu de primeira. Avançou para a ronda 2 do HIC Pipe Pro às custas do localíssimo Jamie O'Brien. 

    Dia agitados, com muitas milhas aéreas acumuladas, recheados de adrenalina e de privilégio têm sido estes que o havaiano tem vivido.

    Afinal, quantas pessoas à face da Terra podem afirmar categoricamente que surfaram em dois locais tão icónicos, como são o Canhão da Nazaré e Pipeline, em tão curto espaço de tempo?

     

     

     

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

    Visita a nossa Loja Online, encontras tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!

    Segue o Beachcam.pt no Instagram