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- Na próxima fase todos vão ter heats super exigentes pela frente e com o sonho do CT em jogo…
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A ação regressou esta segunda-feira a Haleiwa, após dois dias de pausa, e as ondas voltaram a colaborar com os competidores. Depois de um dia inaugural sem portugueses em ação, todos eles tiveram a estreia marcada para esta jornada, com o resultado a ser bem positivo. Num momento delicado do surf nacional, Vasco Ribeiro e Yolanda Hopkins fintaram as contrariedades e conseguiram vitórias convincentes em jeito de homenagem. Teresa Bonvalot fechou o dia a também qualificar-se para a fase seguinte, enquanto Carolina Mendes foi a única baixa entre a armada lusa.
A ação retomou com a segunda metade da ronda 2 masculina, onde Vasco ia estar em jogo no 16.º e último heat desta fase. Mas antes da estreia portuguesa, a prova ficou marcada pela “fuga” de Kelly Slater. Apesar de inscrito e de nunca ter cancelado a participação, o 11 vezes campeão mundial decidiu não comparecer, abrindo assim a vaga para um grom local.
Com os favoritos a mostrarem a sua superioridade nos primeiros heats do dia, entre eles vários tops do CT como Griffin Colapinto, Alex Ribeiro, Caio Ibelli, Kanoa Igarashi, Deivid Silva e Connor O’Leary, tudo foi diferente no heat de Vasco. O surfista português teve uma performance arrebatadora nas sempre complicadas ondas havaianas, mostrando todo o seu surf power.
O campeão nacional dominou a bateria do início ao fim, mesmo tendo em conta a forte concorrência que tinha pela frente. Com uma onda de 8 pontos e outra de 7,10, onde se mostrou muito forte e adaptado ao mar, Vasco segurou o triunfo de forma sólida, graças a um score de 15,10 pontos, deixando o australiano Liam O’Brien no 2.º posto. Pelo caminho ficou o havaiano Barron Mamiya e também o francês e top mundial Michel Bourez, que mesmo depois de vencer a prova francesa vai ficar arredado da possibilidade de se requalificar para a elite mundial em 2022.
Um triunfo emocionante para Vasco, que no final da bateria decidiu deixar palavras de homenagem a João Alexandre “Dapin”, um ídolo do surf nacional que partiu esta segunda-feira e que deixou marcas profundas em várias gerações, mas também no surf nacional no seu todo. Vasco fez questão de dedicar o triunfo a Dapin, falando também na situação em que está no ranking e defendendo que neste momento é bom estar apenas dependente da sua própria performance e não de terceiros.
Bourez, que estava a apenas três posições do cut de qualificação, é menos um adversário para Vasco Ribeiro na luta pelo sonho do CT. Mas o experiente surfista taitiano não foi o único dos surfistas que estão nos primeiros lugares do ranking a cair de primeira em Haleiwa. Cole Houshmand, Shun Murakami e Alonso Correa morreram na praia. Já Imaikalani Devault, Carlos Muñoz e Nat Young estão bem posicionados no ranking, mas vão ficar dependentes de terceiros até final da prova. Em sentido inverso, Connor O’Leary garantiu a requalificação, enquanto o jovem norte-americano Jake Marshall está confirmado como rookie para 2022.
É perante este cenário que o crivo da qualificação se vai estreitando, embora apresente mais oportunidades para surfistas como Vasco Ribeiro, que estão mais atrás no ranking e necessitam de um grande resultado em Haleiwa para conseguirem terminar dentro do top 12. Contudo, na próxima fase, o surfista português vai ter um grande teste pela frente. Não vai competir frente a adversários diretos na luta pela qualificação, mas terá três tops mundiais contra si no heat 8 da ronda 3. O japonês Kanoa Igarashi, o australiano Connor O’Leary e o brasileiro Deivid Silva. Todos eles já com lugar garantido na elite mundial em 2022.
A ação avançou depois para a estreia da prova feminina, onde Portugal tinha três representantes na ronda inaugural. Yolanda Hopkins foi a primeira a entrar em prova e tratou de seguir o exemplo de Vasco, adaptando-se bem com o seu surf ao power das ondas havaianas. Nesta que é a estreia de uma prova feminina em Haleiwa, Yolanda, que é a melhor portuguesa no ranking, no 20.º posto, mostrou estar num bom momento, contrariando também a recente perda do pai, para garantir um triunfo com 11,93 pontos. A havaiana Zoe McDougall secundou a surfista portuguesa, enquanto a havaiana Keala Tomoda-Bannert e a americana Meah Collins ficaram pelo caminho.
No heat 5 foi a vez de Carolina Mendes entrar em cena. Numa bateria muito equilibrada e disputada até final, Carol acabou por ficar muito perto do requisito para avançar na prova, mas a sua última onda foi insuficiente, terminando com 9,26 posto no 4.º e último posto. A havaiana Savanna Stone venceu a bateria, com a japonesa Minami Nonaka no 2.º posto, enquanto a basca Ariane Ochoa ficou pelo caminho. Ochoa, a par de Kirra Pinkerton, fora as muitas surfistas bem posicionadas no ranking a perderem já em Haleiwa, dizendo adeus ao sonho do CT e abrindo espaço a outras surfistas como Yolanda e Teresa.
Por fim, no heat 6 foi a vez de Teresa Bonvalot entrar em cena, ela que também uma grande contrariedade nas últimas semanas, ao sofrer queimaduras graves durante a sua estadia no Havai. Ainda assim, Teresa esteve em bom plano e carimbou a qualificação já perto do final com uma onda de 6,90 pontos. A surfista portuguesa somou 12,07 pontos, ficando atrás da japonesa Sara Wakita (13,66), mas eliminando da peruana e olímpica Daniella Rosas (11,10) e ainda a norte-americana Samantha Sibley (8,74).
Agora, na próxima fase, tal como Vasco Ribeiro, Yolanda e Teresa também vão ter grandes desafios pela frente. Contudo, se os ultrapassarem começam a dar vida ao sonho de entrar no CT. Com as tops seeds já em prova na ronda 2, Yolanda vai defrontar no heat 2 a havaiana Gabriela Bryan e a norte-americana Caitlin Simmers, que já estão carimbadas no CT do próximo ano via este circuito Challenger Series. A terceira adversária será a havaiana Brianna Cope. Já Teresa vai estar no heat 5, onde enfrenta a brasileira e vice-campeã mundial em título Tatiana Weston-Webb, a australiana Molly Picklum e ainda a havaiana Savanna Stone.
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