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Para Julian Wilson acabou o conceito 'Dream Tour' e os surfistas brasileiros aproveitam a situação11 novembro 2021

- O calendário para 2022 já aponta para o restabelecer da normalidade, mas se porventura voltar a haver alterações por causa da pandemia, a situação atual irá manter-se no entender de Jules.
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Ter um lugar a tempo inteiro no World Championship Tour (WCT) é o sonho de qualquer surfista que decida enveredar pelo caminho da competição. Ter a possibilidade de pelo menos durante um ano surfar com a licra vestida diante dos melhores da especialidade e nos melhores surf spots espalhados pelo planeta Terra. Tudo, sem crowd e supostamente naqueles dias clássicos, ainda que muitas das vezes tal acabe por não suceder, por força dos rígidos períodos de espera.
Desde Pipeline a Teahupoo, passando por Jeffreys Bay, Supertubos ou Margaret River, são muitos os destinos idílicos pelo qual a divisão máxima do surf mundial passa durante a temporada. Por isso, trata-se de um calendário que em tempos foi apelidado de 'Dream Tour' (o Mundial de Sonho).
No entanto, veio a pandemia em 2020 e por força dessa situação sanitária o último WCT já não passou por muitas das catedrais que estamos a habituados a ver desde sempre. Por isso mesmo, o australiano Julian Wilson considera que a emblemática chancela de 'Dream Tour' já não tem razão de ser e que as atuais condições são aproveitadas ao máximo pelos surfistas originários de um país.
"Com as todas alterações que existiram no Mundial e respetiva calendarização, muitas pessoas dizem que a maioria das ondas foram medíocres em comparação com a bitola a que estamos habituados. Os surfistas brasileiros são aguerridos e capitalizaram essa situação", disse Jules em entrevista concedida ao australiano 'The Daily Telegraph'.
O calendário para 2022 já aponta para o restabelecer da normalidade, mas se porventura voltar a haver alterações por causa da pandemia, a situação atual irá manter-se no entender do surfista que representou a Austrália nos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020.
"Até regressarmos ao calendário standard do Mundial, os surfistas brasileiros serão difíceis de derrotar. Isto porque estão habituados a surfar ondas confusas e inconsistentes", entende o atleta de 33 anos.
Nesta entrevista, houve ainda oportunidade para Julian Wilson falar sobre a pausa que decidiu fazer na sua carreira competitiva desde há uns meses a esta parte. Um desfecho motivado pela pandemia e todas as incómodas situações que trouxe consigo, nomeadamente as maciças quarentenas em solitário num quarto de hotel aquando do regresso a solo pátrio.
"Tenho dois filhos e este ano tive de fazer seis semanas de isolamento profilático em três hotéis distintos. Isso deu-me muito tempo para pensar nas coisas e sobre aquilo que realmente interessa. Escolhi dar prioridade à minha família", afirmou o vice-campeão mundial de 2018.
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