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  • Desde 2015 que o 'SATA' não voava para o lugar mais alto do pódio
    12 novembro 2021
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  • Maxime é um dos veteranos de guerra do antigo World Qualifying Series (WQS). Há mais de uma década que anda de mala às costas pelo globo na perseguição do sonho que guia a vida que escolheu.
  • Faz amanhã sete dias que chegou ao fim o Azores Airlines Pro, um evento que trouxe novamente as provas da World Surf League (WSL) à Região Autónoma dos Açores, depois de um hiato superior a dois anos. Coisas da pandemia.

    Praticamente durante uma semana, a carismática Praia de Santa Bárbara, em Ribeira Grande, serviu de palco ao embate entre os melhores surfistas do Velho Continente. Todos eles envolvidos na briga pelo apuramento para a Challenger Series de 2022, neste que é o primeiro passo na escadaria de acesso ao Championship Tour de 2023.

    Se a prova feminina terminou em apoteose para as cores nacionais, com o histórico triunfo de Teresa Bonvalot, o evento masculino viu a pauta ser dominada pela tropa francesa. Sem qualquer tipo de licença, esta tomou de assalto o Areal de Santa Bárbara, qual beach break do sudoeste francês.

    Este domínio de letras maiúsculas foi plasmado com o facto do país do hexágono ter metido seis surfistas entre os oito melhores do campeonato insular e três atletas entre os semifinalistas. O oásis neste monólogo francês foi protagonizado pelo surpreendente Ryan Kainalo. Ainda assim, os préstimos deste jovem de quem se espera coisas muito bonitas não impediram que a grande final fosse disputada por dois surfistas franceses, pois está claro. Cortesia dos amigos Maxime Huscenot e Tristan Guilbaud. 

    Neste french job, Maxime fez valer a sua maior experiência nestas fases, não obstante ser um ano mais novo do que Tristan, assegurando assim a vitória na água morna açoriana.

    Com 29 primaveras, Huscenot é um daqueles surfistas que há mais de uma década que anda de mala às costas pelo globo a fazer carreira no ultra exigente circuito mundial de qualificação da WSL. É um dos veteranos de guerra do antigo World Qualifying Series (WQS), que entretanto foi extinto do modo como o conhecíamos.

    Nesta longa caminhada no sinuoso e sempre traiçoeiro WQS, Maxime Huscenot vivenciou mais desaires do que vitórias, algo que é absolutamente normal em grande parte dos surfistas que por ali pontifica anos a fio, sempre na perseguição do sonho que guia a vida que escolheram. Por isso mesmo, este triunfo obtido nos Açores tem um especial significado para este surfista gaulês. 

    É que desde agosto de 2015, quando venceu em Lacanau, que Maxime não provava o doce sabor da vitória numa prova da WSL. O mais perto que havia estado foi no Cabreiroá Pro Zarautz Basque Country de 2019. Aí foi finalista vencido.

    Depois de mais de seis anos a jejuar, chegou finalmente o momento de sair da água levado em ombros e apenas pisar terra firme no lugar mais alto do pódio.

    Curiosamente, Huscenot voltou a gritar vitória após nova final 100% gaulesa e num território que há uns anos atrás valeu-lhe uma alcunha bem peculiar. 'SATA', nome derivado da famosa companhia área açoriana (SATA Air Açores). E como em tudo, há uma razão de ser para este batismo.

    "Os Açores sempre foram um local especial para mim. Neste arquipélago, há alguns anos atrás, dei aquele que provavelmente foi o melhor aéreo da minha vida. Desde então algumas pessoas começaram-me a chamar de 'SATA', tal e qual o nome da companhia área", explicou o surfista de 29 anos à WSL.

    Alcançado o triunfo que já há muito procurava, Maxime Huscenot solidificou a boa forma que já trazia do Quiksilver Pro France, onde a jogar em casa não deixou os seus créditos por mãos alheias. Em Les Culs Nus cravou um importante quinto lugar nesta etapa da Challenger Series 2021. 

    Depois de experimentada novamente a sensação de voar até às nuvens, Maxime espera certamente que este não tenha sido mais um voo experimental, mas sim a alavancagem definitiva para o decisivo voo, cujo plano de aterragem passa pela pista onde estão aparcados os aviões de grande porte, o World Championship Tour. E tal missão pode ser consumada muito em breve. Tem a palavra dentro de pouco dias no majestoso North Shore de Oahu, no Havai.

     

     

     

     

     

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