Homepage

  • Haleiwa confirma mais duas qualificações para o CT 2022
    30 novembro 2021
    arrow
  • Restam 9 vagas masculinas e 3 femininas por confirmar.
  • A jornada de segunda-feira em Haleiwa foi pródiga em surf de alto nível e mostrou os surfistas portugueses preparados para o ataque final à qualificação para o CT 2022. Após um dia marcado por várias eliminações importantes, que até ajudam as aspirações lusas, houve mais dois surfistas a carimbar o passaporte para a elite mundial masculina.

    Após superar a ronda 2 da prova havaiana, a quarta e última das Challenger Series, o australiano Connor O’Leary garantiu a requalificação para 2022, depois de ter falhado o cut no ranking do CT, e vai manter-se na elite por, pelo menos, mais um ano. Isto depois de ter vencido a batalha com Frederico Morais pelo título de rookie do ano em 2017.

    Mas O’Leary não foi caso único, pois com a passagem à ronda 3 também o jovem californiano Jake Marshall já foi confirmado no CT de 2022. O anúncio faz de Marshall, de 23 anos, o primeiro rookie masculino para o CT 2022. Isto porque o outro surfista já garantido no ranking das Challenger Series desde a etapa francesa é o havaiano Zeke Lau, que vai regressar ao CT, após de lá ter saído em 2019.

    Outro havaiano poderia estar já também na lista de qualificados, mas a derrota de primeira de Imaikalani Devault em Haleiwa impediu esse cenário. O mesmo aconteceu com as eliminações do norte-americano Nat Young e com o peruano Lucca Mesinas, também eles eliminados de primeira. Apesar de bem posicionados no ranking, os três surfistas ficam, agora, dependentes de terceiros. Isto porque a matemática ainda não lhes garante a qualificação, embora em termos realistas seja difícil saírem do cut.

    A este lote de surfistas juntam-se ainda outros dois nomes, que seguiram para a ronda 3 e que se avançarem mais uma ronda também garantem automaticamente a entrada no CT de 2022. Caso o façam são mais dois rookies. Falamos do brasileiro João Chianca e do australiano Liam O’Brien, que esteve no mesmo heat de Vasco Ribeiro e foi superado pelo português.

    Realisticamente falando parece difícil que estes oito nomes (os três confirmados, mais Young, Mesinas, Devault, Chianca e O’Brien) não façam parte da elite mundial do próximo ano. O que deixaria abertos ainda quatro postos do lado masculino. Entre os surfistas que estão dentro do cut ou mesmo à porta os australianos Callum Robson e Jordan Lawler seguem em prova, assim como o brasileiro Samuel Pupo. Depois há ainda costarriquenho Carloz Muñoz e Jackson Baker que já foram eliminados. Na prática, seria uma surpresa vê-los entre os qualificados no fim da prova, pois ficaram na chamada “corda bamba”.

    Se Robson, Lawler e Pupo continuarem a avançar na prova havaiana, a verdade é que fica praticamente só uma vaga em aberto. Ou então, caso existam muitos surfistas da parte de trás do ranking a chegarem longe, é a vaga de Mesinas que será ameaçada. No entanto, para sorte dos atletas do cut já eliminados, entre o 15.º posto do ranking e o 26.º já não há mais surfistas em prova. O surfista ainda em prova que se segue é o brasileiro Thiago Camarao, no 28.º posto. O australiano Jacob Willcox é o outro top 30 ainda em prova.

    Ora, um dos surfistas que cobiça uma vaga é o “nosso” Vasco Ribeiro. Com uma estreia auspiciosa em Haleiwa e com vários adversários já pelo caminho, Vasco depende apenas de si para se qualificar. Mas o requisito é bem alto desde o início. Atualmente com 6250 pontos, o campeão nacional está a mais de 4 mil pontos do cut, que neste momento está no australiano Jackson Baker.

    Ora, se chegar às meias-finais Vasco já consegue, pelo menos, 4900 pontos. Algo que já seria suficiente, mas apenas se os outros surfistas entre ele e o cut não avançassem mais e os que vêm atrás não fizessem melhor que ele. Ou seja, realisticamente, neste momento, a chegada à final, onde o 4.º posto vale 6100 pontos, seria o requisito indicado par Vasco Ribeiro. E mesmo assim poderia não chegar. Já os 10 mil pontos do triunfo ou os 8 mil do 2.º posto carimbavam automaticamente a qualificação, sem necessidade de mais contas.

    A favor de Vasco Ribeiro, que ocupa atualmente o 38.º posto do ranking, está o facto de existirem poucos surfistas em prova entre ele e o ranking. Além dos já mencionados Thiago Camarao e Jacob Willcox, segue ainda na luta o brasileiro Alex Ribeiro, que procura a requalificação. Contudo, depois há os que seguem mais atrás no ranking e que também ainda têm uma pequena oportunidade.

    Entre os 32 surfistas masculinos ainda em prova em Haleiwa, aqueles que também contam para esta luta e que ainda não foram falados, por estarem atrás de Vasco Ribeiro, são uma dezena: Matthew McGillivray, Charly Quivront, Corsby Colapinto, Jesse Mendes, Billy Stairmand, Caio Ibelli, Wiggolly Dantas, Kalani Ball, Ian Gentil e Cody Young.

    Do lado feminino, as contas ainda estão praticamente inalteradas, com exceção das surfistas que estavam junto ao cut e foram eliminadas na ronda inaugural. Com três vagas já preenchidas pela costarriquenha Brissa Henessy, que permanece assim na elite mundial, pela havaiana Gabriela Bryan e pela norte-americana Caitlin Simmers. As outras três vagas seguem em aberto, com as portuguesas Yolanda Hopkins (20.ª do ranking) e Teresa Bonvalot (23.ª) na luta pelo sonho. Mas ambas a saberem que necessitam de um grande resultado para estar no CT de 2022. Algo como chegarem à final.

    Contas à parte, à medida que a prova for avançado estas o crivo da qualificação vai estreitando e os cenários irão começar a ficar mais claros. Sempre com os portugueses na luta. É o que esperamos.

     

    Para acompanhar e confirmar live, os dados sobre o estado do mar, podes usufruir da nossa rede de livecams e reports preparada para essa finalidade.

    Visita a nossa Loja Online, e encontra tudo o que precisas para elevar o teu nível de surf!

    Segue o Beachcam.pt no Instagram